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sexta-feira, 26 de maio de 2017

Razão X Fé - Analise em sinteze da obra "O Nome da Rosa" se ECO, Humberto



Por Christian de Souza











razão x fé

Analise apresentada ao 
Curso de Ciências Sociais,
disciplina de Sociologia 1 da
 Universidade Federal de Pelotas, 
como tarefa a ser realizada.

Professor: Marcus Vinicius Spolle

  



RAZÃO X FÉ

                O presente trabalho refere-se a analise sobre os aspectos do Modernismo versos ao Tradicional, tendo como base o filme O Nome da Rosa, que por sua vez é uma versão do Livro de mesmo nome escrito por Humberto Eco.
            A partir do trecho proposto pelo professor, será feito a analise sobre os elementos da Razão X Fé.
            A história transcorre em um Mosteiro Beneditino, o qual recebe a visita de um famoso e controverso Frade Franciscano, que chega com a missão de investigar as mortes que ocorreram no local.
            O mesmo recebido com algum misto de esperança e desconfiança, justamente por ser um Franciscano que tinham mais apreço a distribuição ou divisão do que seus anfitriões Beneditinos.
            Em primeira analise, percebemos que por se tratar de um Mosteiro, o local e de contemplação da fé, e logo percebemos que para haver e manter a dominação dos congregados, esta fé é utilizada como instrumento de dominação.
            Ao contrario disto, o Franciscano presente, buscava a analise científica das situações, buscando a razão. Isso não era a renegação da fé, mas sim a distinção do que é fé para o que são ocorrências ocasionadas pelo ser humano.
            No trecho analisado fica evidenciado, que para manter o domínio através da fé, os Beneditinos precisavam ocultar a sabedoria, o senso critico tinha que permanecer submisso ou então adormecido.
            A existência de um grande acervo secreto nas dependências ocultas do Monastério, demonstra clara e objetivamente que aqueles que detinham o conhecimento, também detinham o domínio, e que por sua vez, distribuir ou conceber a oportunidade de outros adquirirem o conhecimento, poderia colocar em duvida a Fé e por consequência o domínio ali existente.
            Todos que de alguma forma foram atrevidos em buscar este conhecimento acabaram mortos, para que estes conhecimentos adquiridos não viessem contaminar o restante da congregação.
            Para quem busca o conhecimento, a alegria em encontrar o que chamou Frade Guilherme de a maior “Biblioteca da Cristandade”, se evidencia quando mesmo encontra tal local e festeja com entusiasmo esta descoberta. Pois, esta descoberta abriria a possibilidade da quebra do tradicionalismo e a possibilidade do descobrimento de conhecimento, e de quebra a tomada do senso critico.
            Neste mesmo trecho analisado, a frase que mais chama a atenção e comprova que a fé era usada como forma de dominação, é justamente a que o Frade Guilherme responde ao Jovem Adson o questionamento sobre a preciosidade do mesmo, onde ele cita que os mesmos estão guardados por possuírem um conhecimento diferente, e que ideias podem fazer duvidar da infalibilidade da palavra de Deus e acrescentou dizendo que a duvida era inimiga da fé.
            Por tanto, a conclusão que chego, é que a utilização da fé funcionava como forma de dominação. Em nome da fé que se defende os costumes, as tradições. O conhecimento acaba contestando a fé e da mesma forma a dominação. O Modernismo, como ação critica ao Tradicional era combatido de qualquer forma para que em nome da Fé , da Tradição o domínio permanecesse ativo.
Já a busca constante por conhecimento, iria certamente romper com o tradição, de forma a criar senso critico e da mesma forma questionando a dominação privilegiada de pequenos grupos.


FONTE

ECO, Humberto, O Nome da Rosa.