Por Christian de Souza
razão x fé
Analise apresentada ao
Curso de Ciências Sociais,
disciplina
de Sociologia 1 da
Universidade Federal de Pelotas,
como tarefa a ser realizada.
Professor:
Marcus Vinicius Spolle
RAZÃO
X FÉ
O presente trabalho refere-se a analise sobre os aspectos do
Modernismo versos ao Tradicional, tendo como base o filme O Nome da Rosa, que
por sua vez é uma versão do Livro de mesmo nome escrito por Humberto Eco.
A partir do
trecho proposto pelo professor, será feito a analise sobre os elementos da
Razão X Fé.
A história transcorre em um Mosteiro Beneditino, o qual recebe a visita de um famoso e
controverso Frade Franciscano, que chega com a missão de investigar as mortes
que ocorreram no local.
O mesmo
recebido com algum misto de esperança e desconfiança, justamente por ser um Franciscano que tinham mais apreço a distribuição ou divisão do que seus
anfitriões Beneditinos.
Em primeira
analise, percebemos que por se tratar de um Mosteiro, o local e de contemplação
da fé, e logo percebemos que para haver e manter a dominação dos congregados,
esta fé é utilizada como instrumento de dominação.
Ao contrario
disto, o Franciscano presente, buscava a analise científica das situações,
buscando a razão. Isso não era a renegação da fé, mas sim a distinção do que é
fé para o que são ocorrências ocasionadas pelo ser humano.
No trecho
analisado fica evidenciado, que para manter o domínio através da fé, os Beneditinos precisavam ocultar a sabedoria, o senso critico tinha que
permanecer submisso ou então adormecido.
A existência
de um grande acervo secreto nas dependências ocultas do Monastério, demonstra
clara e objetivamente que aqueles que detinham o conhecimento, também detinham
o domínio, e que por sua vez, distribuir ou conceber a oportunidade de outros
adquirirem o conhecimento, poderia colocar em duvida a Fé e por consequência o domínio ali existente.
Todos que de
alguma forma foram atrevidos em buscar este conhecimento acabaram mortos, para
que estes conhecimentos adquiridos não viessem contaminar o restante da
congregação.
Para quem
busca o conhecimento, a alegria em encontrar o que chamou Frade Guilherme de a
maior “Biblioteca da Cristandade”, se
evidencia quando mesmo encontra tal local e festeja com entusiasmo esta
descoberta. Pois, esta descoberta abriria a possibilidade da quebra do
tradicionalismo e a possibilidade do descobrimento de conhecimento, e de quebra
a tomada do senso critico.
Neste mesmo
trecho analisado, a frase que mais chama a atenção e comprova que a fé era usada
como forma de dominação, é justamente a que o Frade Guilherme responde ao Jovem
Adson o questionamento sobre a preciosidade do mesmo, onde ele cita que os mesmos
estão guardados por possuírem um conhecimento diferente, e que ideias podem
fazer duvidar da infalibilidade da palavra de Deus e acrescentou dizendo que a
duvida era inimiga da fé.
Por tanto, a
conclusão que chego, é que a utilização da fé funcionava como forma de
dominação. Em nome da fé que se defende os costumes, as tradições. O
conhecimento acaba contestando a fé e da mesma forma a dominação. O Modernismo,
como ação critica ao Tradicional era combatido de qualquer forma para que em
nome da Fé , da Tradição o domínio permanecesse ativo.
Já a busca constante por conhecimento, iria certamente romper
com o tradição, de forma a criar senso critico e da mesma forma questionando a
dominação privilegiada de pequenos grupos.
FONTE