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Reforma Urgente e Necessária
Em
meio a toda esta indignação do povo Brasileiro a cerca da corrupção, da
Politica e etc e tal, não poderia deixar de ponderar sobre algo que para mim é
bem mais importante do que o Impeachment da atual Presidenta, ou
uma possível Intervenção Militar, O que devemos defender
é reformas que garantam mecanismo de combate a corrupção de
qualquer esfera administrativas de nosso País.
Sair
pelas ruas, mostrando esta indignação, é sem sombra de duvida, um dever da
população; Pois, é legitimo em uma Republica Democrática, que o povo
saia às ruas para reivindicar, de seus representantes suas insatisfações,
pois conforme descrito no Paragrafo Único do Art. Primeiro de
nossa Constituição, " Todo o Poder Emana do Povo...". Por tanto,
torno afirmar, que mais que um direito do Povo, protestar é um dever
patriota da população de seu País.
No
entanto, precisamos transformar nossa indignação em ações realmente concretas,
e mirar nossos protestos para onde deve ser atacado.
Solicitar
uma Intervenção, de forma acreditar que alguém, possa de certa forma acima das
situações que assolam uma nação, é de certa forma Ingenuidade dos seus
solicitantes. Tão pouco, me parece mudar algo retirar uma pessoa e colocar
outra sem mexer na espinha dorsal de toda a questão.
Nem
o exército, nem à esquerda, tão pouco os atuais governantes, e muito menos seus
opositores, irão modificar o que ai está. Pois, o que devemos mudar é as regras
do jogo.
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Financiamento privado de campanha é a mãe de toda corrupção.
Isso
mesmo, quem mais corrompe todo o sistema, é a empresa
privada contribuindo em campanhas milionárias de
candidatos, que na maior parte dos casos não representam ninguém,
a não ser a si próprio e seus interesses pessoais.
Pois
empresas não tem ideologias, empresas visam o lucro, isso é fato, e todos que
possuem nem que seja uma pequena empresa, tem que concordar comigo. Ou estou
tão errado assim?
Uma
vez que uma empresa, que não tem ideologia, banca um candidato, pressupõe,
que a mesma que algo de volta. ninguém trabalha de graça,
muito menos uma empresa. pois ninguém doa milhões sem
querer algo de volta.
Se
fizermos um breve estudo, perceberemos que quase todos os casos de corrupção na
gestão publica esta diretamente associada a desvio e ou pagamentos
de propinas de uma empresa privada, para poder manter sua
prestação de serviço garantida. E se prestarmos bem atenção e formo buscar nas
prestações de campanha eleitorais, estas mesmas empresa
financiam candidatos, tanto para o executivo como também para o legislativo.
Salientando que isso não é crime.
E
se aprofundarmos mais ainda esta pesquisa, iremos constatar que as grandes
empresas financiam a vários candidatos, ao mesmo cargo, desta forma
garantindo o seu lado apos a posse dos mesmos.
Partindo
desta premissa, enquanto houver contribuição privada, haverá
corrupção em nosso País. O fim da contribuição privada, mesmo que não liquidem
na totalidade, as questões a cerca da corrupção, certamente
ira estancar um pouco deste sangramento de dinheiro publico para
os bolsos privados.
Por
tanto, esta deve ser uma bandeira de luta de todos aqueles, que estão cansados
da corrupção.
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Tempo de TV.
Outra
questão que acho bastante pertinente, ao combate a corrupção, e sem sombra de
duvidas, conhecermos o candidato em quem iremos votar.
Vejo
com muita preocupação, a propaganda eleitoral gratuita. Pois, o tempo não é
igual para todos os candidatos. Ou seja, se um candidato, cuja a representação
de seu partido na Câmara Federal, seja pequena, o mesmo terá um
espaço para demonstrar seu programa, e suas proposta menor que um
candidato, com representação partidária maior na Câmara.
Sem
contar a questão das coligações, pois se duas legendas, de forte representação
se unir, os mesmos deteriam um tempo de exposição extremante maior
de que outros chamados de nanico.
Nesta
ultima eleição, por exemplo, a candidatura da coligação PT/PMDB/PP/e outros,
obtiveram uma parcela significativa do tempo de TV. Enquanto que os candidatos
de Partidos como Psol, PV, PSDC entre outros, que obtiveram
curtos espaços de TV.
A
pergunta que faço: Será que o resultado das eleições seria a mesma obtida, se
todos os candidatos tivessem o mesmo espaço de divulgação na
propaganda politica? Será que do ponto de vista do eleitorado, não seria
mais democrático, que pudéssemos ouvir a todos de forma igual?
Outra
preocupação é justamente onde para mim está o maior problema da corrupção. Falo
da questão do chamado candidatos as vagas proporcionais (Vereadores,
Deputados). Pois a propaganda eleitoral gratuita, deste s candidatos
é extremamente curto, onde quase não é possível a apresentação do
candidato. E respeita a mesma logica de tempo de TV, privilegiando os
grande e já estabelecidos partidos.
Na
Republica, o legislador, tem papel fundamental, pois é do parlamento, que saem
as leis, e são estas pessoas que terão o papel de discutir os projetos
apresentado pelo Executivo e fiscalizar a aplicação das verbas estabelecidas...
Para mim, o Parlamento é ainda mais importante do que
o próprio Executivo.
Mas
justamente no Parlamento, é que surge o maior numero de denuncias de corrupção.
Por característica, o Parlamentar é um negociador, pois
é através da negociação, da discussão, e do convencimento
que Leis e Projetos podem ou não serem aprovadas. Mas, em alguns casos, a
coisa, por ser de certa forma fácil de mais, acaba rolando as
chamadas propinas, e o que esta na moda, os Mensalões.
Mas,
se formos reparar que existe alguns nomes, que a anos estão no parlamento, e
que a cada gestão ou mandato, surgem novas denuncias, e mesmo assim o mesmo se
reelege, podemos concluir que ou as pessoas ao votar não
estão plenamente esclarecidas, ou porque, devida
as circunstancias de suas propagandas serem remetidas quase que
para o segundo plano, principalmente no que diz respeito ao tempo de TV,
acarreta uma votação no nome ou numero mais conhecido mesmo. Pois o
sistema, passa ao eleitor, que este voto não é importante, quanto que é
justamente ao contrario. Este voto é crucial para nossa Republica
e para o Estado Democrático de Direito.
- Voto optativo
Esta questão já mais
polemica, pois alguns acham que pode perder a legitimidade um processo
eleitoral, se a adesão não for maciça. No entanto, para mim a democracia
só será plena, no momento que o individuo queira ou não participar do
processo.
Obrigar alguém a
votar, pode ocasionar o que vemos hoje, pessoas que votam em
celebridades momentâneas, como apresentadores de telejornais, radialistas,
artistas, desportistas e em alguns lunáticos que de quando em
vez, se apresentam para concorrer. Mesmo que estes não se elejam, os votos
dados a eles acabam cumprindo o papel que estes em vários casos
se propõem, que é o de justamente atrair votos na legenda, o que ajuda,
a outros a se elegerem.
Se por um lado, existe a
possibilidade de que se compre o voto das pessoas, para que as obriguem a ir
votar em troca de favores em caso de voto não obrigatório. Pelo outro lado
existe a possibilidade, de que pessoas que se dizem apolíticas,
possam ir fazer outra coisa ao invés de votar em qualquer um só por
obrigação. Sendo que na primeira hipótese, mesmo
sendo obrigatório o voto, não impede, e existe varias denuncias, de
se comprar votos, transporte ilegal de eleitores etc e tal...
- Reeleição, o fim ou a
colocação de limites.
Algumas pessoas de nosso
Parlamento parecem que tem cargo vitalício, detêm o cargo
como se o tivesse conquistado para sempre. Isso em uma Democracia
é extremamente problemático. Pois, alguém que perdurem
por muito tempo como mandatário,
fica mais suscetível a corrupção, aprende os caminhos
tortuosos das falcatruas...
Uma alternância na
representação, não só no executivo, mas também no legislativo, abre espaço
para o a criação de novas lideranças. E acaba com o carreirismo na
politica.
Segundo alguns
Cientistas Políticos, algumas pessoas acabam entrando para politica,
justamente para suprir sua deficiência profissional, ou seja, a
pessoa não se deu bem em profissão alguma, e acaba entrando para Politica.
Já ha quem defenda que algumas pessoas tem vocação para tal função, sendo ai
uma necessidade a sua participação na vida
politica.
Acho que as
duas teses tem seus fundamentos, mas precisamos pensar no bem comum a
população, e dar a possibilidade de novas ideias chegarem. Percebo que na maior
parte dos legisladores em seu primeiro mandato, acabam sendo mais
ativos, mesmo cometendo erros pela falta de experiência.
Contudo, um segundo mandato, acaba sendo com embora mais experiente, se
mostrando mais em prol de seu partido ou da construção de uma candidatura ao
um nível mais alto.
Este
deveria ser o teto. Apos dois mandatos consecutivos em um determinado cargo, o
candidato deveria ficar inelegível para o mesmo cargo por
um período não menos a um mandato, sendo ele
permitido candidatar-se a outro cargo, em outra esfera administrativa.
Para mim
fica claro, que a corrupção, acaba se intensificando por causa
dos repetitivos mandatos de certos candidatos. Claro, que esta é
uma análise generalizada, pois existem vários vereadores
etc e tal, que mesmo estando ocupando o cargo a vários mandatos,
continuam mantendo uma conduta inabalável.
Mas alguns,
nem representam mais a comunidade a qual havia se eleito a primeira vez, mas
por usarem seus mandatos de forma assistencialista, acaba cooptando eleitores
de todas as origens, e assim se mantendo no poder.
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Conclusão.
Diante do que acabei de explanar, vos digo que
estamos demasiadamente cegos, ao pensar que uma Intervenção, ou um simples
processo de cassação, iram resolver a situação de nosso País. Não adianta
trocarmos os jogadores, se as regras permanecerem as mesmas.
Esta
postura, que uma pequena parcela da população esta tendo, não levara nada a
lugar algum, pois só serve para falsos paladinos se promoverem,
de forma a ganhar fama e poder, manipulando pessoas de bem que desejam a
verdadeira mudança.
Nosso foco,
nossa bandeira tem que ser o da mudança das regras. Precisamos sair às ruas
sim, mas para pedir que se faça uma reforma nas regras, pois do contrario, é só
perda de tempo.
Uma
intervenção, só servira para que aqueles que defendem e propagam o ódio, vejam
o sangue derramado de outros seres humanos, e com certeza não trará nenhuma
mudança, como assim já houve em outros momentos.
Ser
contrario a uma ideologia, ou a um partido, não pode ser uma coisa raivosa de
nenhum dos lados, pois esta visão cega, que se origina do ódio, da
radicalidade, não traz em nenhum aspecto a mudança que desejamos.
A Mudança
que Desejamos, deve partir de nossas ações, de nossa fé, e de nossa luta em
defesa de uma sociedade, mais justa e com mais igualdade. Quando falo luta,
digo que esta tem de ser uma luta travada nos campos das ideias, de forma
Democrática e de coração puro.
Sejamos a
Mudança que Queremos.... E foco, na verdadeira luta, que sem duvidas deve ser a
das regras do Jogo.
Um Grande
Abç
Christian de
Souza