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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Finanças de Pelotas - Perguntas ...


Nesta quarta-feira, 13 de fevereiro, o secretário Municipal de Pelotas, Sr. Jairo Dutra, participou de uma reunião pública na Câmara de Vereadores.


Obvio que o assunto era acerca da situação financeira de nosso município, que tudo indica, está um caos, à beira de uma falência…


O que me admira e, de certa forma foi questionado isso na reunião pública, é a diferença de discurso pré-eleição municipal de 2016, onde 11 partidos compuseram a chapa de situação, com o discurso que Pelotas estava no caminho certo do desenvolvimento. Discurso este reproduzido na campanha ao governo pelo ex prefeito e, hoje governador Eduardo Leite, com o discurso realizado por nossa prefeita e de vosso secretário nos dias atuais.


Pois, bem! Se ontem Pelotas era uma maravilha, como pode hoje ser um caos? Este grupo que administra nossa Cidade e, que hoje, administra também nosso estado, mentiu?


Achei pertinente a pergunta do Vereador Ivan Duarte, que questionou ao secretario de quando era esta crise? Qual a origem? Quais os níveis de crescimento desta situação e em que governos se deu tal agravamento?


Pois, a pergunta é evidente, visto que a Prefeita remete a responsabilidades aos governos anteriores… mas, quais governos anteriores?


Não é a toa que o atual grupo quer vender o SANEP. Também não é à toa que propuseram uma taxa de iluminação para ser administrada por empresa privada. Não é à toa todo o problema envolvendo a folha de pagamento dos servidores municipais, destaco aqui os professores. Não foi à toa que no apagar das luzes do governo de Leite, se aprovou um aumento no IPTU de nossa cidade.


Vamos relembrar algumas coisas.


A Prefeita Paula, foi assessora do Gabinete do Bernardo de Souza. Este se elegeu mesmo sendo do conhecimento geral de sua doença, que era desmentida por seus companheiros de chapa, mas resultou em sua morte (Infelizmente). Em seu lugar ficou o Fetter que teve como seu assessor o Leite. Fetter se elegeu então prefeito na eleição seguinte, tendo como seu vice, o filho do Valnei Tavares, o hoje vereador Fabrício Tavares, que todos acreditavam ser o sucessor de Fetter, mas por questões outras acabou sendo escolhido o jovem vereador e líder de governo na câmara municipal, e, ex assessor Eduardo Leite. Leite quando se elegeu teve como sua vice a ex assessora do Bernardo, a atual prefeita Paula Mascarenhas.


Fiz este pequeno resumo para tentar entender quais os governos anteriores que a Paula disse ser os causadores da crise, que durante as campanhas não existiam e, que, hoje estão evidentes e assumidos, tanto por ela, quanto por seu secretário de finanças.


Mas, vamos relembrar outra situação…


Desde o Fetter; pois, de certa forma Bernardo nem configurou como prefeito, que, Pelotas vem realizando várias obras estruturais. Obras estas que garantiram as sucessões no Paço Municipal, mas que eram oriundas de programas federais que solicitavam contrapartidas. Muitas destas obras não foram concluídas como, por exemplo, as outras duas UPAs, escolas infantis entre outras. Mas as Avenidas, corredores de ônibus, estão aí… lindas que só elas… sem problemas nenhum… sem CPI, como a da Av. Fernando Osório, ou quebras de contratos como a do Calçadão.


Esta segunda lembrança, faço para tentar entender como um município (digo, o grupo que administra o mesmo), que vende para o exterior uma cidade próspera e reorganizada, elege um governador, faz sucessão na prefeitura, elege deputado estadual e federal, fez tantas obras que lhes geraram frutos, hoje pode estar um caos financeiro? Seria então mentira as alegações em campanhas deste grupo?


Seria, (vejam bem, estou indagando e não afirmando), esta crise financeira, que sabemos que existe de anos: mas, que se agravou drasticamente na atualidade, decorrente da política de agarrar todas os projetos, e deixarem as contrapartidas para depois, o que estaria gerando esta crise financeira em nosso município?


Esta pergunta deixo para quem sabe responder; pois, eu não sei, como… mas, percebo que, todas perguntas aqui levantadas, de certa forma, estão interligadas.


Uma crise financeira não surge do nada, ela tem que ser recorrente, precisa de uma origem e por lógica, uma explicação. O que não podemos mais é aceitar as coisas maquiadas com belas obras ineficazes, que só geram mais e mais caos financeiros. Pois, este caos será pago sabem por quem? Isso mesmo, por nós… com aumentos de tributos e cortes em áreas como saúde, educação e segurança.


Encerro desejando boa sorte aos Pelotenses… e aos Gaúchos.