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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

PEC 36/2016 - A Reforma da Exclusão.

Nesta quarta feira, o Senado aprovou em segundo turno a PEC 36/2016, que é chamada a PEC de Barreiras. A mesma foi apresentada ou proposta por Aécio Neves e Ricardo Ferraço, ambos do PSDB.

A votação contou com 63 votos favoráveis e 9 contra ao projeto que prevê o fim das coligações nas proporcionais a partir de 2020, e estipula um percentual de 2% em pelo menos 14 estados da federação, para que o partido possa utilizar espaços na TV e ter acesso ao Fundo Partidário. Além de atingir a participação nas rotinas da institucionalidade.

Se as lei estivesse valendo hoje, baseado nas eleições deste ano, dos 35 partidos registrados atualmente, somente 11 teriam os privilégios. São eles o PMDB, PSDB, PT, DEM, PP, PSB, PDT, PR, PSD, PRB e PTB.

Segundo o Senador Ronaldo Caiado em seu discurso durante a votação, esta medida serve para enxugar a maquina partidária, pois além dos 35 Partidos existentes, temos mais de 50 partidos buscando a legalização. E segundo a fala do mesmo, não teríamos tantas vertentes Ideológicas assim para haver tanto Partido no Brasil.

A declaração do Caiado, e dos demais agentes que defendem a aprovação das mesmas esta do meu ponto de vista equivocado. O fato que se a mesma for aprovado em dois turnos no congresso, e sancionada pela Presidência, Partidos com forte representação social e cunho Ideológico definido tais como o PCdoB, Psol, PV, REDE entre outros ficariam de fora dos programas eleitorais de TV.

Por tanto, para mim a PEC 36/2016 é um forte ataque a Democracia e a livre organização, pois atacam justamente os partidos com Ideologias consolidadas, e privilegiam partidos que trabalham de forma quase que independente nas diversas regiões.

Tentam colocar a culpa da crise Política tão em evidencia na costas da quantidade de Partidos, mas pergunto a vocês:

Algum destes 35 Partidos hoje existentes te Representa?

Quando alguém me diz ou me questiona que existe Partido demais no Brasil, eu faço esta pergunta. A resposta é sempre taxativa - NÃO. 

Se eu sou um agente Político, (querendo ou não, gostando ou não, somos todos agentes Políticos. Todos agentes da construção ou da desconstrução de nossa Sociedade), e acabo não me sentindo representado pelas organizações ou agremiações existentes no cenário da disputa institucional, tenho que ter garantido a possibilidade de criar uma outra alternativa, uma outra possibilidade. Ou seja, precisamos perceber que a palavra Partido significa Parte e tenho que ter assegurado o meu direito de criar a minha representação.

Por tanto, a simples frase fim da criação de novos partidos me soa como um ataque mortal a Livre Organização e consequentemente a Democracia. Pois, nossa Sociedade é fragmentada mesmo. Somos uma miscigenação de culturas e etnias e não vejo que um determinado grupo como por exemplo o Indígena, não possa criar um Partido que defenda suas posições e suas lutas diárias por Demarcação etc e tal. Um Partido fortemente identificado com o Povo Indígena teria poucas chances de atingir os 2% em 14 unidades da Federação.... aliais o Partido Indígena que esta buscando sua legalização, tem chances remotas de conseguir o numero mínimo de assinaturas validas que são atualmente próximo a 500mil, de pessoas que não tenham assinado em apoio a outro partido em formação e nem pode ser pessoas com vínculos partidário no TSE.

Mas precisamos de uma Reforma Política!

Óbvio que não..... não desta que esta sendo proposto... precisamos de uma reforma no modo de fazer Política. Não será cortando a existência da livre organização que iremos mudar o atual cenário de corrupção, e de falta caráter de algumas agremiações.

Precisamos mudar de forma Democrática, com ampla participação do povo, democratizando as ideias e propondo debates localizados.... Precisamos perceber que em nosso País continental existem inúmeras realidades e que todas devam estar contempladas. Para ai sim chegarmos na tão sonhada Reforma que necessitamos.

Mas adianto que a defesa incondicional da Democracia é primordial para que consigamos alcançar um patamar superior. E quando falo em democracia, não falo em votar ou não, mas sim na inclusão dos diversos pontos de vista e de entendimentos em patamares de igualdade de exposição e de escolha.

Esta Reforma que estão fazendo neste momento, onde ninguém da base da sociedade foi chamada pra debater, nada mais é que uma manobra para privilegiar os grandes, que desta forma poderão morder uma fatia maior do Fundo Partidário do qual me sinto na posição de ser contra a existência..... ou seja, ou todos ganham, ou ninguém ganha.... Quero ver os Partidos sem Militância sobreviverem sem doações de pessoas Jurídicas, e sem o Fundo de participação?

Participação igual na TV para todas as candidaturas.... pois não é nada Democrático que uns Partidos ou Coligações tenham o privilegio de apresentarem seus programas ou projetos com mais tempos que os outros.... A maior parte da coligações que ocorrem hoje é justamente para que consigam contemplar um maior tempo de TV em  programas Eleitorais, para isso os partidos se juntam em busca de somente serem governo, e esquecem a questão Programática que deveria nortear as disputas administrativas de nossas Cidades, Estado e Nação.

Então!!! Se não me sinto representado pelas atuais agremiações, e consigo perceber que as que serão privilegiadas são justamente as grandes que se utilizam muito mais do fisiologismo que de um programa claramente ideológico, que se utilizam de pequenos atores locais na sua busca de poder permanente no cenário nacional,  e na contra partida percebo que os mais de 50 Partidos hoje em formação possuem em sua maioria identidade Ideológica forte, (posso até não concordar com suas ideologias, mas as mesmas os tem), tenho que me posicionar contra a aprovação da  PEC 36/2016 que reafirmo ser um duro golpe na Real Democracia que buscamos.

Por isso conclamo a todos e todas, a não ficarem cegos ao que a Mídia nos falam. Vamos fazer um reflexão séria e nos posicionar contra a aprovação da PEC 36/2016. Mesmo sabendo que a grande maioria dos deputados tendem a votar a favor deste projeto, vamos nas redes sociais, nas rodas de amigos, nas ruas, nas escolas em todos os lugares nos colocarmos contra a PEC 36/2016.

Todos contra a PEC que ataca a Democracia e a livre Organização!

Chris DS

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Articulação dos Povos e Comunidades Tradicionais! (Ocupação do Planalto)

Na manhã desta terça feira (22/11/2016), aconteceu a primeira ocupação no Planalto da era Temer.... a mesma tem como pauta a luta contra a PEC 241/16 (agora pec 55/16), contra a PEC 2015/00 (que trata sobre o fim das demarcações de terras Indígenas) e também contra a PL4059/12 (que libera a venda de terras para estrangeiros).

Cerca de 500 Lideranças Indígenas, de Pescadores Artesanais, Quilombola e Quebradeira de Coco dos estados do MA, BA, RS, SC e SP, participaram desta ocupação, que demonstra que existe resistência dos diversos segmentos de nossa sociedade a esta barbárie que este governo vem promovendo.

O Grupo soltou nota o qual reproduzo abaixo.


Nenhum direito a menos! Contra as propostas de morte aos povos indígenas, quilombolas e pescadores e pescadoras artesanais!

Nós povos indígenas originários, comunidades tradicionais pesqueiras, comunidades quilombolas, e quebradeiras de coco babaçu,  estamos em mobilização nacional denunciando  o programa neoliberal dos governos, com apoio e aval do poder legislativo e judiciário e  nos colocamos contra todo e qualquer retrocesso nos nossos direitos já conquistados, com muita luta e sangue derramado.

Nesse sentido denunciamos:

  • 1- Marco temporal: constitui-se num grave atentado contra o direito originário dos povos indígenas à demarcação de suas terras e contra o direito dos quilombolas de terem suas terras devidamente tituladas. Viola a Constituição Brasileira  e os tratados internacionais, ao mesmo tempo que legitima a violência e o esbulho territorial cometida contra os povos até 1988;
 
  • 2- A tramitação da PEC 215/00, da PEC 68, PL 1610/96, PL 4059/12 que libera a venda de Terras para estrangeiros, por entendermos que são mecanismos criados para expropriação dos territórios tradicionais para implantação de grandes projetos do agro – hidronegócio, mineração, produção de energia e monocultivos;

  • 3- A PEC 241-5516 representa a intensificação do processo de sucateamento de políticas públicas para efetivação de direitos fundamentais. É a PEC da morte;
  • 4- A atuação do poder judiciário na concessão de medidas liminares de reintegração de posse nas áreas de retomada dentro dos territórios tradicionais;

  • 5- A criminalização de lideranças de comunidades indígenas, pescadores e quilombolas por parte do ICMBio nas áreas de sobreposição de unidades de conservação de proteção integral sobre territórios tradicionais.

Exigimos do Estado Brasileiro:

  • 1- Aceleração dos processos de demarcação, desintrusão e proteção de terras indígenas e quilombolas, sem mudanças nos procedimentos de demarcação das terras indígenas;
  • 2- Reconhecimento e regularização dos territórios tradicionais pesqueiros;

  • 3- Liberação e aumento de recursos financeiros e pessoal para  órgãos como INCRA, FUNAI, SPU  e outros para execução  de processos demarcatórios de territórios de povos e comunidades tradicionais;

  • 4- Autonomia e protagonismo das comunidades nos processos de gestão e fiscalização dos territórios e das áreas de preservação;

  • 5- Revogação do Decreto 8424 e 8425  por violarem os direitos das pescadoras e pescadores artesanais;

  • 6- Retorno do Ministério do Desenvolvimento Agrário para o atendimento das  demandas das comunidades tradicionais e da agricultura familiar.

Brasília, Novembro de 2016.

Articulação dos Povos e Comunidades Tradicionais 

Servidão voluntária: o olhar de Bauman e Huxley sobre a sociedade de consumo



"A ditadura perfeita terá a aparência da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão."
 Aldous Huxley.

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Saramago já nos advertia que estamos cegos da razão. Talvez seja o nosso ego, sempre inflado e se achando o dono do pedaço. Talvez seja pela nossa incessante incapacidade para amar. Podemos dizer que essa cegueira se alastra em função da facilidade. É sempre mais fácil andar sem olhar para o lado. Sem olhar para nós mesmos. Sem olhar para o que somos ou nós tornamos.
Cegos que somos, seguimos a doutrina da sociedade de consumo. Condicionados como bons soldados, não recusamos a missão de esvaziar um Shopping Center. Aprendemos desde cedo, que como partes do todo, devemos manter a ordem e, assim, não devemos transgredir as leis de ouro que tornam a sociedade contemporânea um reino de “felicidade”.
O sistema hegemônico, através da mídia, não nos deixa esquecer a importância de manter o sistema funcionando harmonicamente, e de como bom senhor, lhes devemos obediência e servidão. Servidão esta, construída por meio de chicotes ou força física? Não. Ora, se somos seres desejantes, então, nada melhor do que usar a mídia para nos seduzir.
Somos seduzidos pela promessa de felicidade escondida atrás do consumismo. Somos tentados por todos os sorrisos espalhados nas propagandas. Somos condicionados a acreditar que a felicidade só é possível se e, se somente se, tenho condições de participar da orgia do consumo.
Sendo assim, somos ludibriados por um sistema que nos entorpece e nos torna míopes que só enxergam a realidade pelos óculos que lhes são oferecidos. Tornamos-nos, dessa forma, servos voluntários do sistema, pois embora livres, nos permitimos condicionar e obedecê-lo. Sem espaço para a crítica ou auto-reflexão, somos apenas reprodutores de uma cultura aprisionadora que qualifica como tolice qualquer prazer fora do consumo.
“Imaginem que tolice, permitir que as pessoas se dedicassem a jogos complicados que não contribuíam em nada para o consumo. Atualmente, os Administradores não aprovam nenhum jogo novo, salvo se, se demonstrar que ele necessita, pelo menos, de tantos acessórios quanto o mais complicado dos jogos existentes.”
A felicidade, portanto, deve ser comprada, aliás, somente existe se for comprada. Não há espaço para as coisas simples, para o que é “gratuito”, para que possamos ser felizes e ter prazer, precisamos inexoravelmente consumir.
Essa é a servidão voluntária através do consumo, não pela violência ou coerção, mas pela sedução e erotismo produzido nas relações de consumo.
Devidamente seduzidos pelo mercado, não conseguimos sair das suas entranhas. Não precisamos. Tudo é mercadoria. Ouvimos o tempo inteiro a voz do mercado, com seus alto-falantes que denunciam qualquer ato de “tolice” e nos lembram incessantemente a necessidade vital de consumir, pois como bem atenta Huxley:
“Sessenta e duas mil repetições fazem uma verdade.”
Todos esses mecanismos de controle social escondem um autoritarismo com o qual nos acostumamos e aceitamos, pela indisposição em ser mais que um pacote de biscoitos e um par de sapatos. Preferimos estar cegos e condicionados que se opor ao sistema. Estamos, assim, mais que cegos da razão, estamos, como diz Bauman, em uma cegueira moral.
Somos subvernientes a um sistema que racionaliza as emoções e que transforma a vida em uma longa linha de produção, de modo que não existe outro caminho a uma vida prazerosa sem passar por ela. Somos cegos admirando os caminhos líquidos de um mundo novo.
O admiramos, pois fomos seduzidos pelo encanto e enlace erótico de um mundo que me permite ser um novo a cada dia, em que não se precisa de laços e que, portanto, cada um é um fim em si mesmo. Somos servos voluntários, pois nós mesmos nos fazemos dominar. Entretanto, esquecemos que esse sistema hegemônico através da sedução que nos domina, mantém o status quo de opressão e escravidão.
Como diz Bauman: “A vida desejada tende a ser a vida vista na TV”. Mas, a vida vai além de padrões de comportamento, de cartilhas, senhas e números. Vai além de escravidão e dominação. Vai além de reproduzir as verdades da mídia. Vai além de um cartão sem limites. Vai além de algumas polegadas. Ainda que para enxergar esse além, seja preciso coragem para sair do cinema e visitar a própria vida.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

#Movimente-se

Não podemos mais ficarmos assistindo a tudo, como se tudo estivesse acontecendo de forma natural. Precisamos mais do que nunca criarmos consciência do que esta acontecendo, e tentar entender o que esta por de traz de tudo.

Para isso precisamos estar inseridos nos diversos espaços de debates, para que fujamos do senso comum impostas por mídias ...

Precisamos sair na zona de conforto, sair das bolhas digitais, precisamos nos Movimentar....

Por isso Convoco a todos .... # Movimente-se

domingo, 20 de novembro de 2016

20 de Novembro - Consciência Negra!

Olá.... Hoje dia da Consciência Negra... dia que podemos fazer a reflexão da importância da luta contra o Racismo... contra a intolerância.... contra a exploração... contra a escravidão da classe trabalhadora deste sistema que tanto nos oprime....

Liberte-se.... Movimente-se...

Vamos conhecer Ubuntu!

sábado, 19 de novembro de 2016

Tempos de Intolerância.

É complicado opinar sobre o que pode de fato ter ocorrido neste episodio, uma vez que me falta elementos que fundamentem uma concepção da realidade ocorrida no fato da morte do jovem ativista Guilherme Silva Neto.

Mas o fato é que podemos tirar desta historia ensinamentos que sejam capaz de refletirmos sobre atos e atitudes.... digo isso pq sou Pai, e fui criado de forma bastante ríspida, e tenho em minhas entranhas um pouco dos métodos que fora utilizado por minha mãe.

Não acho que um Pai tenha que permissivo de mais, pois liberdade não quer dizer libertinagem. É preciso sim nos responsabilizar pela educação de nossos filhos...

Por isso mesmo sendo um pouco ríspido com meus filhos...  tento sempre reavaliar se não fui duro de mais... deixo sempre claro para eles que os mesmos tem o direito a opinião e a contestar o que eu digo, desde que se mantenha a educação, o respeito.... respeito este que tem quer ser mutuo.... da mesma forma que exijo respeito, sou também obrigado a respeitar....

E estou falando de crianças de 8 e 5 anos.... e quem me conhece sabe que sou gritão... etc e tal... mas Amo incondicionalmente meus três filhos... Onde minha cobrança é sempre sobre os temas ou tarefas, ou então para evitar agressões entre eles, tão comum em casos de irmãos..

Mas acontecimento que nem este servem para avaliar minha conduta... para ver aquilo que tenho que melhorar... Acho que seria importante se todo Pai conseguisse  fazer o mesmo.... Talvez teríamos menos intolerância no mundo...

Em Tempos de Intolerância, que na minha opinião não avançou e nem retrocedeu, pois a mesma sempre esteve presente, com mais ou menos divulgação, ou com mais ou menos exposição, se faz necessário sempre avaliar estas questões... estas posturas... nossos ensinamentos aos nossos filhos.... e nosso aprendizado continuo....

Espero que
esta morte, nos ensine a sermos pessoas diferentes... e que as novas gerações sejam menos Intolerantes que a minha... pois, é necessários respeitar as diferenças... é necessário existir as diferenças.... e mais importante.... precisamos deixar de conceituar as diferenças .... pois ser diferente.... é ser normal...




sexta-feira, 18 de novembro de 2016

PELOS DIREITOS DOS MENINOS

Por Guilherme Irisch.


Que nenhum menino seja coagido pelo pai a ter a primeira relação sexual da vida dele com uma prostituta 
Que nenhum menino seja exposto à pornografia precocemente para estimular sua “macheza” quando o que ele quer ver é só desenho animado infantil
Que ele possa aprender a dançar livremente, sem que lhe digam que isso é coisa de menina
Que ele possa chorar quando se sentir emocionado, e que não lhe digam que isso é coisa de menina
Que não lhe ensinem a ser cavalheiro, mas educado e solidário, com meninas e com os outros meninos também
Que ele aprenda a não se sentir inferior quando uma menina for melhor que ele em alguma habilidade específica – já que ele entende que homens e mulheres são igualmente capazes intelectualmente e não é vergonha nenhuma perder para uma menina em alguma coisa
Que ele aprenda a cozinhar, lavar prato, limpar o chão para quando tiver sua casa poder dividir as tarefas com sua mulher – e também ensinar isso aos seus filhos e filhas
Na adolescência, que não lhe estimulem a ser agressivo na paquera, a puxar as meninas pelo braço ou cabelos nas boates, ou a falar obscenidades no ouvido de uma garota só porque ela está de minissaia
Que ele não tenha que transar com qualquer mulher que queira transar com ele, que se sinta livre para negar quando não estiver a fim – sem pressão dos amigos
Que ele possa sonhar com casar e ser pai, sem ser criticado por isso. E, quando adulto, que possa decidir com sua mulher quem é que vai ficar mais tempo em casa – sem a prerrogativa de que ele é obrigado a prover o sustento e ela é que tem que cuidar da cria
Que, ao longo do seu crescimento, se ele perceber que ama meninos e não meninas, que ele sinta confiança na mãe – e também no pai! – para falar com eles sobre isso e ser compreendido
Que todo menino seja educado para ser um cara legal, um ser humano livre e com profundo respeito pelos outros. E não um machão insensível! Acredito que se todos os meninos forem criados assim eles se tornarão homens mais felizes. E as mulheres também serão mais felizes ao lado de homens assim. E o mundo inteiro será mais feliz.
O machismo não faz mal só às mulheres, mas aos homens também, à humanidade toda.

Intolerância: Pai mata seu próprio filho por discordar de seus ideais

Abaixo a reprodução da matéria postada no site www.vermelho.org.br.

16 de novembro de 2016 - 16h31 

Intolerância: Pai mata seu próprio filho por discordar de seus ideais



Foto: Reprodução/Facebook
Guilherme Neto foi vítima de intolerância do seu próprio pai.Guilherme Neto foi vítima de intolerância do seu próprio pai.
Segundo relatos da mãe, a delegada aposentada Rosária de Moura Sousa e Silva, pai e filho viviam em conflito. O pai não aceitava o ideal revolucionário do filho que simpatizava-se com o modo alternativo de vida e as lutas sociais que participava.

Para o delegado do caso o crime foi premeditado. Segundo a ocorrência, os dois discutiram pela manhã e o pai havia proibido o filho de se encontrar com colegas que participavam da ocupação da universidade. À tarde, Alexandre saiu de casa e ficou à espreita do filho, Guilherme, que logo também saiu de casa e foi perseguido pelo engenheiro civil com uma arma na mão. O pai efetuou vários disparos contra o jovem até matá-lo e depois atirou contra sua própria vida.

Caráter político

Segundo o professor de História da UFG, Rafael Saddi, que conhecia o jovem e compartilhava dos mesmos ideais do estudante, o crime não deve ser tratado somente como uma violência familiar, teve um caráter político e deve ser analisado como tal.

“O mais baixo uso político de uma tragédia é aquele que tenta impedir a explicitação do caráter político desta tragédia, disfarçando-se de humanismo”. Para Rafael, “é evidente que nem todo mundo que é contra as ocupações é capaz de matar por isso. Precisa de um traço profundamente violento e sabe-se lá mais o quê para cometer tal barbaridade. Mas, sim, a motivação política existe, está aí, para todos verem”, postou inconformado.

“O Guilherme está morto. Um jovem que tinha o melhor da juventude: sua indignação, sua coragem e seu idealismo. Para quem conheceu o Guilherme, não era possível separar sua vida de suas ideias. Tampouco, poderão separar sua morte. Enxuguem o choro, que ele não nos engana. Não Passarão!”, afirmou o professor.

Movimento estudantil e as ocupações
Guilherme Irish (irlandês), era o nome que o estudante usava nas redes sociais. Em várias de suas postagens ele mencionava o movimento estudantil e a luta que participava, sejam nos atos, manifestações e mais recentemente nas ocupações nas escolas e universidades.

O movimento estudantil criou grande impacto na luta social ao ocupar nos últimos meses mais de mil escolas, cerca de 200 universidades e institutos de educação no país contra o retrocesso marcado pelas medidas de austeridades do governo de Michel Temer que propõe reformas como a PEC 55 (em tramitação no Senado) que reduz drasticamente o financiamento público para a Educação e Saúde pelos próximos 20 anos.

Para as entidades estudantis, a ocupação é a forma encontrada de lutar pelos investimentos na educação pública brasileira.

Muitos professores, técnicos administrativos e pais de alunos apoiam a luta dos estudantes nestas ocupações, em muitas universidades o calendário escolar deste ano está marcado por greves e paralisações na jornada de luta dos estudantes e trabalhadores do ensino contra o retrocesso na Educação. Uma das apoiadoras deste movimento é a professora e Conselheira Estadual da Educação de Goiás, Ailma Maria de Oliveira, que também conhecia o jovem assassinado.

Sentida com a crueldade do caso, Ailma Maria que também é sindicalista, presidenta estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) disse que viu o garoto em diversos atos em defesa da educação.

Para ela, as ocupações “fazem a luta da resistência contra o golpe, contra o fascismo, contra o autoritarismo, contra os que se apropriam da liberdade da juventude de lutar, de resistir, de sonhar e, de reinventar um outro modelo de sociedade”.

“O pai do Guilherme deveria ter ido as ocupações. Deveria conhecer os amigos, as intenções, deveria ter vivido e, deveria principalmente tê-lo deixado viver”, disse, chocada com a violência.

Preconceito, intolerância e violência
Essa tragédia familiar conjectura sob um cenário de intolerância e ódio extremos, numa sociedade cada dia mais doente, que não consegue aceitar e conviver com as diferenças. Infelizmente, o jovem rapaz morto não foi o único que teve sua vida covardemente ceifada no meio desse quadro de intolerâncias.

Várias pessoas são vítimas de preconceito, ódio e intolerância no Brasil e no mundo. E estes traços estão diretamente ligados à uma cultura da não aceitação do outro. Contidas em mensagens racistas, homofóbicas, machistas, misóginas e que resultam em inúmeras vítimas.

O respeito às escolhas de cada um de nós sobre seu modo de vida, sua religião ou posição política, seja sua opção sexual e até mesmo o time de futebol do coração é determinante para tirar da sociedade essa “tradição” intolerante.

A diversidade deve ser respeitada, devemos considerar a opinião de cada cidadão. A cultura da paz deve ser cultivada por toda a sociedade, ela deve estar inserida na vida escolar, na família, na igreja, no trabalho, nas ruas. Esse quadro de intolerância deve ser quebrado com o debate, com a abertura, com o entendimento que só o respeito ao outro nos trará a paz. O respeito, sobretudo, pela vida humana, poderá salvar a vida dos nossos filhos e não tirá-las.


Do Portal Vermelho, Eliz Brandão

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Manifestantes invadem o Congresso exigindo Intervenção Militar!

Em meio ao caos político que vivemos, por causa do golpe parlamentar e judiciário, onde colocam os interesses dos grandes grupos financeiros a frente da necessidade do povo Brasileiro, podemos perceber claramente que algumas pessoas estão perdendo o senso.

Algo que já víamos em manifestações de rua que aconteceram antes do Impeachment , se repetiu ontem, quando um grupo auto intitulado Patriotas, invadiram o congresso e aos gritos pediam a Intervenção Militar, como forma de combater a corrupção...

Evidente que nem as forças armadas apoiam tal medidas.... pois não são as entidades ou organização social, ou militar que decidem isso.... estas decisões partem de pessoas.... Muito embora estejamos vendo um verdadeiro filme de horrores, onde ser fascista que me parece tão em evidencia, que começo a ter medo de onde iremos parar. 

Imagina então, um  País onde o Golpe esta evidentemente dado, e patrocinado por interesses econômicos, um grupo de pessoas querem uma intervenção Militar.... como se os golpes Militares ocorridas nas décadas de 50 e 60 não tivesse o mesmo viés dos que ocorre em nosso pais neste momento.

Este grupo é mais pura demonstração da incapacidade racional de quem vem sendo usado para legitima o golpe. Pois não tem lógica que alguém que se diga Politizado, pense por exemplo que o PT seja Comunista, nem tão pouco que o congresso seja comunista, visto que temos o Congresso mais conservador da recente Historia da Democracia Brasileira.

O discurso e a pratica são incompatível, pois ao mesmo tempo que este grupo adentra o congresso para se manifestar em apoio a uma intervenção Militar, ou qualquer intervenção que seja declaradamente uma forma totalitária de administração, vão de encontro ao direito que a democracia, mesmo que precária dá da livre manifestação.

No entanto, garanto que se tivesse sido algum Movimento Social que tivesse invadido da mesma forma o Congresso, o desempenho ou atitude da guarda presente seria outra, muito mais agressiva....

Por isso, concluo dizendo que aquela manifestação sem o mínimo critério lógico, nada mais que uma jogada para retirar os holofotes dos Golpe que vem sendo dado no Brasil, que associado a outras series de atividades vem afrontando a democracia, e retrocedendo nos direitos adquiridos neste período... A  ideia de caos, nada mais uma forma de justificar as medidas de entreguismos de nossas riquezas ao mercado, e a grupos de investimentos. Pois não vejo outra possibilidade de avaliar esta ato, que desassociando da mediada que os Estudantes Universitário de Porto Alegre tiveram ao entrar com pedido de liminar para desocuparem a Universidade, também não consigo desassociar da Polêmica envolvendo as provas ou locais das provas do ENEN.... tudo para barrar a mobilização crescente em oposição aos golpes que vem sendo dado em nossa democracia e na classe trabalhadora deste nosso Brasil.

 * Vamos continuar dizendo não ao Projeto da Escola sem partido;
 * Vamos nos manter contra a PEC 241 hoje 55/2016;
 * Vamos continuar dizendo não a reforma da previdência;
 * E vamos continuar a dizer não ao entreguismo de nossas riquezas aos interesses internacionais, de um seleto grupo de aproveitadores....

...Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição...
Geraldo Vandré

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

RAiZ em Pelotas.

Neste dia 14 de novembro, na casa do Trabalhador em Pelotas, aconteceu o primeiro encontro do Círculo Pelotas da RAiZ Movimento Cidadanista.

Lutadores Sociais de diversas vertentes se reunirão para debater e conhecer este projeto. Que tem como principio básico a Horizontalidade nas decisões.

Com a presença do Camarada de Porto Alegre, Marcelo Soares, membro fundador, o grupo reunido teve a oportunidade de conhecer um pouco como se dá a organização deste Partido Movimento, como o mesmo foi criado e dos desafio que teremos pela frente diante desta onda conservadora.

foi destacado a resistência que vem sendo feita por estudantes em todo o País, onde os mesmos estão praticando a Horizontalidade em suas decisões, demonstrando que estamos no caminho certo em nossa organização.

Uma satisfação enorme em participar de uma organização que pretende não ser a Vanguarda, mas a Retaguarda como bem disse o Marcelo. Um partido que visa e quer estar inserido nas lutas sociais, sejam elas Indígenas, racial, ou em defesa da diversidade, na luta por terra, no combate ao Machismo e paralelo a isso apresentar propostas de uma nova sociedade baseada no Bem Viver, no Ecossocialismo, utilizando-se do Consenso Progressivo e não o Centralismo democrático.

O grande desafio no momento é o da colheita das quase 500mil assinaturas para tornar a RAiZ um Partido com condições de também participar do processo Eleitoral. Não que este seja o principal motivador, mas disputar a institucionalidade é também importante, mas sem esquecer que não poderemos jamais deixar de ser um Movimento.... Um Partido Movimento.

Mais encontros serão realizados, e tenho a certeza que este projeto ira avançar na construção de alternativas a atual quadro desesperador que estamos enfrentando de retrocessos gritantes na lutas dos trabalhadores.

Conheça a Carta Cidadanista, e junte-se na formação desta alternativa.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

ENEM - Polêmica sobre o adiamento.

Algo que me chamou atenção esta semana é a polêmica na realização das provas do ENEM, que estão marcadas para este final de semana (5-6/11/2016). Pois alguns locais previamente agendados para a realização das Provas, estão ocupadas por Estudantes que lutam contra a PEC 241 e também contra a MP que pretende criar a Escola Sem Partido, entre outras bandeiras.

Nem vou entrar no mérito da autenticidade da Luta dos Milhares de Estudantes em todo o País, pois a mesma é legitima e foge do Pragmatismo que normalmente as lutas vem realizando. As Ocupações são a defesa incontestável da Educação de Qualidade, Publica e Democrática. A aprovação da PEC ira desmantelar ainda mais a Educação em nosso País, que nos últimos anos avançou consideravelmente, mas que tem muito ainda por avançar.

Mas onde entra esta Polêmica neste assunto?

Para mim esta questão de adiar parcialmente a execução das provas. Esta ação nada mais é que uma manobra para desgastar o legitimo movimento de ocupação das escolas. A ideia é colocar Estudantes contra Estudantes justamente por causa da importância que o ENEM tem nas vidas dos Secundaristas.... A remarcação da datas para o inicio de dezembro, faz que as datas colidam com vários vestibulares já agendados nestas mesmas datas, prejudicando ainda mais esta parcela de estudantes. Sem contar que este ato poderá acabar por anular todo este processo, pois basta uma avaliação de desigualdade nas aplicações e avaliações das provas por parte do judiciário, para que tudo seja considerado arbitrário e acabe cancelando os resultados, por tanto, prejudicando ainda mais a vida deste jovens.

Desta forma os setores conservadores e apoiadores do atual governo federal, pretendem desestabilizar e enfraquecer movimento que acabou tomando uma dimensão tão grande que os métodos convencionais de persuasão não se tornariam eficazes. Por este motivo, optaram por contaminar por dentro este movimento, que repito ser legitimo em defesa da Educação.

Durante o período Eleitoral, estas mesmas escolas estavam ocupadas, e muitas delas serviriam de locais de votação. Mas ao contraio do que esta se desenhando agora, a solução foi simples, transferiram os locais de votações para outros lugares.

Ou seja, isso evidencia na minha opinião a tentativa de enfraquecer este Movimento, que vem sendo a principal fonte de  Resistência as Políticas de Retrocessos que estão sendo aplicados desde o Impeachment da Dilma.

Os Estudantes não devem entrar neste jogo, e precisam desmascarar esta afronta ao seu direito de lutar por uma melhor Educação. E os demais defensores dos movimentos populares e democráticos devem dar todo apoio a esta luta.

Pois lugar de Estudante é na Escola...

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Correria!!!

Então!!!

Passou as Eleições... manifestações nas ruas e nas ocupações das Escolas e Universidades.... PECs e mais PECs detonando com os direitos dos cidadões de nosso País...

Mas minha ausência nas postagens aqui se dá mais por minha rotina diária de trabalho e família que de qualquer outra coisa...

Gostaria de ter escrito algumas palavras sobre os acontecimentos, mas não conseguindo entrar muito nas redes sociais.... entro quase que só para dar uma espiada e de certa forma não é o suficiente para por todos os assuntos em dia..

Minhas Paginas no Face estão abandonadas...

Bem, a RAiZ ira promover sua primeira reunião aqui em Pelotas.... dia 14 de novembro as 18hs... Na Casa do Trabalhador na rua St Cruz, 2454. Tem evento criado lá no Face...  Detalhes no artigo escrito pelo Clóvis no link abaixo.


Vou fazer o ENEM.... mas não me preparei para a prova.... na verdade esta palhaçada de adiarem a realização para alguns é mais uma manobra para colocar estudantes contra estudantes... De forma a enfraquecer e marginalizar a luta legitima dos estudantes em defesa da Educação e contra a MP da escola sem partido e na luta para não aprovação da PEC da Morte. Pois era só alterar o local das provas, assim como fizeram nas Eleições.....

Bom, por enquanto é isso.... logo venho aqui escrever minhas opiniões.

Um Grande abç