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sábado, 14 de março de 2015

Reforma Politica

- Reforma Urgente e Necessária

Em meio a toda esta indignação do povo Brasileiro a cerca da corrupção, da Politica e etc e tal, não poderia deixar de ponderar sobre algo que para mim é bem mais importante do que o Impeachment da atual Presidenta, ou uma possível Intervenção Militar, O que devemos defender é reformas que garantam mecanismo de combate a corrupção de qualquer esfera administrativas de nosso País.

Sair pelas ruas, mostrando esta indignação, é sem sombra de duvida, um dever da população; Pois, é legitimo em uma Republica Democrática, que o povo saia às ruas para reivindicar, de seus representantes suas insatisfações, pois conforme descrito no Paragrafo Único do Art. Primeiro de nossa Constituição, " Todo o Poder Emana do Povo...". Por tanto, torno afirmar, que mais que um direito do Povo, protestar é um dever patriota da população de seu País.

No entanto, precisamos transformar nossa indignação em ações realmente concretas, e mirar nossos protestos para onde deve ser atacado.

Solicitar uma Intervenção, de forma acreditar que alguém, possa de certa forma acima das situações que assolam uma nação, é de certa forma Ingenuidade dos seus solicitantes. Tão pouco, me parece mudar algo retirar uma pessoa e colocar outra sem mexer na espinha dorsal de toda a questão.

Nem o exército, nem à esquerda, tão pouco os atuais governantes, e muito menos seus opositores, irão modificar o que ai está. Pois, o que devemos mudar é as regras do jogo.
- Financiamento privado de campanha é a mãe de toda corrupção.

Isso mesmo, quem mais corrompe todo o sistema, é a empresa privada contribuindo em campanhas milionárias de candidatos, que na maior parte dos casos não representam ninguém, a não ser a si próprio e seus interesses pessoais.

Pois empresas não tem ideologias, empresas visam o lucro, isso é fato, e todos que possuem nem que seja uma pequena empresa, tem que concordar comigo. Ou estou tão errado assim?

Uma vez que uma empresa, que não tem ideologia, banca um candidato, pressupõe, que a mesma que algo de volta. ninguém trabalha de graça, muito menos uma empresa. pois ninguém doa milhões sem querer algo de volta.

Se fizermos um breve estudo, perceberemos que quase todos os casos de corrupção na gestão publica esta diretamente associada a desvio e ou pagamentos de propinas de uma empresa privada, para poder manter sua prestação de serviço garantida. E se prestarmos bem atenção e formo buscar nas prestações de campanha eleitorais, estas mesmas empresa financiam candidatos, tanto para o executivo como também para o legislativo. Salientando que isso não é crime. 

E se aprofundarmos mais ainda esta pesquisa, iremos constatar que as grandes empresas financiam a vários candidatos, ao mesmo cargo, desta forma garantindo o seu lado apos a posse dos mesmos.


Partindo desta premissa, enquanto houver contribuição privada, haverá corrupção em nosso País. O fim da contribuição privada, mesmo que não liquidem na totalidade, as questões a cerca da corrupção, certamente ira estancar um pouco deste sangramento de dinheiro publico para os bolsos privados.

Por tanto, esta deve ser uma bandeira de luta de todos aqueles, que estão cansados da corrupção.


- Tempo de TV.

Outra questão que acho bastante pertinente, ao combate a corrupção, e sem sombra de duvidas, conhecermos o candidato em quem iremos votar.

Vejo com muita preocupação, a propaganda eleitoral gratuita. Pois, o tempo não é igual para todos os candidatos. Ou seja, se um candidato, cuja a representação de seu partido na Câmara Federal, seja pequena, o mesmo terá um espaço para demonstrar seu programa, e suas proposta menor que um candidato, com representação partidária maior na Câmara.

Sem contar a questão das coligações, pois se duas legendas, de forte representação se unir, os mesmos deteriam um tempo de exposição extremante maior de que outros chamados de nanico.

Nesta ultima eleição, por exemplo, a candidatura da coligação PT/PMDB/PP/e outros, obtiveram uma parcela significativa do tempo de TV. Enquanto que os candidatos de Partidos como Psol, PV, PSDC entre outros, que obtiveram curtos espaços de TV.

A pergunta que faço: Será que o resultado das eleições seria a mesma obtida, se todos os candidatos tivessem o mesmo espaço de divulgação na propaganda politica? Será que do ponto de vista do eleitorado, não seria mais democrático, que pudéssemos ouvir a todos de forma igual?

Outra preocupação é justamente onde para mim está o maior problema da corrupção. Falo da questão do chamado candidatos as vagas proporcionais (Vereadores, Deputados). Pois a propaganda eleitoral gratuita, deste s candidatos é extremamente curto, onde quase não é possível a apresentação do candidato. E respeita a mesma logica de tempo de TV, privilegiando os grande e já estabelecidos partidos.

Na Republica, o legislador, tem papel fundamental, pois é do parlamento, que saem as leis, e são estas pessoas que terão o papel de discutir os projetos apresentado pelo Executivo e fiscalizar a aplicação das verbas estabelecidas... Para mim, o Parlamento é ainda mais importante do que o próprio Executivo.

Mas justamente no Parlamento, é que surge o maior numero de denuncias de corrupção. Por característica, o Parlamentar é um negociador, pois é através da negociação, da discussão, e do convencimento que Leis e Projetos podem ou não serem aprovadas. Mas, em alguns casos, a coisa, por ser de certa forma fácil de mais, acaba rolando as chamadas propinas, e o que esta na moda, os Mensalões. 

Mas, se formos reparar que existe alguns nomes, que a anos estão no parlamento, e que a cada gestão ou mandato, surgem novas denuncias, e mesmo assim o mesmo se reelege, podemos concluir que ou as pessoas ao votar não estão plenamente esclarecidas, ou porque, devida as circunstancias de suas propagandas serem remetidas quase que para o segundo plano, principalmente no que diz respeito ao tempo de TV, acarreta uma votação no nome ou numero mais conhecido mesmo. Pois o sistema, passa ao eleitor, que este voto não é importante, quanto que é justamente ao contrario. Este voto é crucial para nossa Republica e para o Estado Democrático de Direito.


- Voto optativo

Esta questão já mais polemica, pois alguns acham que pode perder a legitimidade um processo eleitoral, se a adesão não for maciça. No entanto, para mim a democracia só será plena, no momento que o individuo queira ou não participar do processo. 

Obrigar alguém a votar, pode ocasionar o que vemos hoje, pessoas que votam em celebridades momentâneas, como apresentadores de telejornais, radialistas, artistas, desportistas e em alguns lunáticos que de quando em vez, se apresentam para concorrer. Mesmo que estes não se elejam, os votos dados a eles acabam cumprindo o papel que estes em vários casos se propõem, que é o de justamente atrair votos na legenda, o que ajuda, a outros a se elegerem.

Se por um lado, existe a possibilidade de que se compre o voto das pessoas, para que as obriguem a ir votar em troca de favores em caso de voto não obrigatório. Pelo outro lado existe a possibilidade, de que pessoas que se dizem apolíticas, possam ir fazer outra coisa ao invés de votar em qualquer um só por obrigação. Sendo que na primeira hipótese, mesmo sendo obrigatório o voto, não impede, e existe varias denuncias, de se comprar votos, transporte ilegal de eleitores etc e tal...


- Reeleição, o fim ou a colocação de limites.

Algumas pessoas de nosso Parlamento parecem que tem cargo vitalício, detêm o cargo como se o tivesse conquistado para sempre. Isso em uma Democracia é extremamente problemático. Pois, alguém que perdurem por muito tempo como mandatário, fica mais suscetível a corrupção, aprende os caminhos tortuosos das falcatruas...

Uma alternância na representação, não só no executivo, mas também no legislativo, abre espaço para o a criação de novas lideranças. E acaba com o carreirismo na politica.

Segundo alguns Cientistas Políticos, algumas pessoas acabam entrando para politica, justamente para suprir sua deficiência profissional, ou seja, a pessoa não se deu bem em profissão alguma, e acaba entrando para Politica. Já ha quem defenda que algumas pessoas tem vocação para tal função, sendo ai uma necessidade a sua participação na vida politica.

Acho que as duas teses tem seus fundamentos, mas precisamos pensar no bem comum a população, e dar a possibilidade de novas ideias chegarem. Percebo que na maior parte dos legisladores em seu primeiro mandato, acabam sendo mais ativos, mesmo cometendo erros pela falta de experiência. Contudo, um segundo mandato, acaba sendo com embora mais experiente, se mostrando mais em prol de seu partido ou da construção de uma candidatura ao um nível mais alto.

Este deveria ser o teto. Apos dois mandatos consecutivos em um determinado cargo, o candidato deveria ficar inelegível para o mesmo cargo por um período não menos a um mandato, sendo ele permitido candidatar-se a outro cargo, em outra esfera administrativa.

Para mim fica claro, que a corrupção, acaba se intensificando por causa dos repetitivos mandatos de certos candidatos. Claro, que esta é uma análise generalizada, pois existem vários vereadores etc e tal, que mesmo estando ocupando o cargo a vários mandatos, continuam mantendo uma conduta inabalável.

Mas alguns, nem representam mais a comunidade a qual havia se eleito a primeira vez, mas por usarem seus mandatos de forma assistencialista, acaba cooptando eleitores de todas as origens, e assim se mantendo no poder.

- Conclusão.

Diante do que acabei de explanar, vos digo que estamos demasiadamente cegos, ao pensar que uma Intervenção, ou um simples processo de cassação, iram resolver a situação de nosso País. Não adianta trocarmos os jogadores, se as regras permanecerem as mesmas.
Esta postura, que uma pequena parcela da população esta tendo, não levara nada a lugar algum, pois só serve para falsos paladinos se promoverem, de forma a ganhar fama e poder, manipulando pessoas de bem que desejam a verdadeira mudança.
Nosso foco, nossa bandeira tem que ser o da mudança das regras. Precisamos sair às ruas sim, mas para pedir que se faça uma reforma nas regras, pois do contrario, é só perda de tempo.
Uma intervenção, só servira para que aqueles que defendem e propagam o ódio, vejam o sangue derramado de outros seres humanos, e com certeza não trará nenhuma mudança, como assim já houve em outros momentos.
Ser contrario a uma ideologia, ou a um partido, não pode ser uma coisa raivosa de nenhum dos lados, pois esta visão cega, que se origina do ódio, da radicalidade, não traz em nenhum aspecto a mudança que desejamos.
A Mudança que Desejamos, deve partir de nossas ações, de nossa fé, e de nossa luta em defesa de uma sociedade, mais justa e com mais igualdade. Quando falo luta, digo que esta tem de ser uma luta travada nos campos das ideias, de forma Democrática e de coração puro.

Sejamos a Mudança que Queremos.... E foco, na verdadeira luta, que sem duvidas deve ser a das regras do Jogo.

Um Grande Abç

Christian de Souza

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