Vamos Conversar?

Pesquisar este blog

sexta-feira, 26 de junho de 2015

A morte de Nico Fagundes.

Quem é Nico Fagundes?

Nico como era conhecido, era filho de Euclides Fagundes e Florentina da Silva Fagundes, irmão de Ernesto Fagundes e com o mesmo e demais membros da família eram conhecidos como Os Fagundes. Formou-se em Direito, pós-graduado em Historia do Rio Grande do Sul e Mestre em Antropologia Social, reconhecido na Cultura Gaúcha, premiado diversas vezes como Poeta, novelista, compositor, autor e ator de teatro, televisão e cinema. Era respeitado como autoridade em Folclore Gaúcho, historiador do RS, antropologia, religião afro-gauchas, indumentaria, culinária e danças gauchas. Apresentou por mais de 30 anos o programa Galpão Criolo e foi autor de mais de 100 musicas como o Canto Alegretense, amplamente difundido nacionalmente. Também podemos mencionar que o mesmo fazia parte da Maçonaria. Fora candidato e foi um dos fundadores da Confraria dos Cavaleiros da Paz. Em 54 entrou para o 35 CTG, o qual quem conhece sabe que era o primeiro CTG da Historia.

Não vou aqui falar da vida Pessoal do mesmo, nem tão pouco dizer que ele era um exemplo da marido etc e tal, pois não o conhecia na vida pessoal. Nem tão pouco posso dizer que concordava com todas as suas ideias, uma vez que eu tenho aspirações socialistas e el não. No entanto como bom Gaúcho, que reconhece indiferente de origem e convicções os valores do outro, tenho que homenagea-lo de forma agradecer tudo que o mesmo fez e representou em nossa Historia, e nas tradições Gauchas.







Para tanto transcrevo a letra da musica Origem.


Campeando um rastro de glória
venho sovado de pealo
erguendo a poeira da história
nas patas do meu cavalo
o índio, que vive em mim
bate um tambor
no meu peito
o negro, também assim
tempera e adoça
o meu jeito
com laço e com boleadera
com garrucha e com facão
desenhei pátria e fronteira
pago, querência e nação.

Eu sei que não vou morrer
porque de mim vai ficar
o mundo que eu construí
o meu Rio Grande, o meu lar
campeando as próprias origens
qualquer guri vai achar
campeando as próprias origens
qualquer guri vai achar.

Sou a gaita corcoveando
nas mãos do velho gaiteiro
dizendo por onde ando
que sou gaúcho e campeiro
eu sou o moço que canta
o pago em cada canção
e traz na própria garganta
o eco do seu violão.

Sou o guri pêlo duro
campeando o mundo de amor
e me vou rumo ao futuro
tendo no peito um cantor.

Eu sei que não vou morrer
porque de mim vai ficar
o mundo que eu contruí
o meu Rio Grande, o meu lar
campeando as próprias origens
qualquer guri vai achar
campeando as próprias origens
qualquer guri, vai achar.