Vamos Conversar?

Pesquisar este blog

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Razão X Fé - Analise em sinteze da obra "O Nome da Rosa" se ECO, Humberto



Por Christian de Souza











razão x fé

Analise apresentada ao 
Curso de Ciências Sociais,
disciplina de Sociologia 1 da
 Universidade Federal de Pelotas, 
como tarefa a ser realizada.

Professor: Marcus Vinicius Spolle

  



RAZÃO X FÉ

                O presente trabalho refere-se a analise sobre os aspectos do Modernismo versos ao Tradicional, tendo como base o filme O Nome da Rosa, que por sua vez é uma versão do Livro de mesmo nome escrito por Humberto Eco.
            A partir do trecho proposto pelo professor, será feito a analise sobre os elementos da Razão X Fé.
            A história transcorre em um Mosteiro Beneditino, o qual recebe a visita de um famoso e controverso Frade Franciscano, que chega com a missão de investigar as mortes que ocorreram no local.
            O mesmo recebido com algum misto de esperança e desconfiança, justamente por ser um Franciscano que tinham mais apreço a distribuição ou divisão do que seus anfitriões Beneditinos.
            Em primeira analise, percebemos que por se tratar de um Mosteiro, o local e de contemplação da fé, e logo percebemos que para haver e manter a dominação dos congregados, esta fé é utilizada como instrumento de dominação.
            Ao contrario disto, o Franciscano presente, buscava a analise científica das situações, buscando a razão. Isso não era a renegação da fé, mas sim a distinção do que é fé para o que são ocorrências ocasionadas pelo ser humano.
            No trecho analisado fica evidenciado, que para manter o domínio através da fé, os Beneditinos precisavam ocultar a sabedoria, o senso critico tinha que permanecer submisso ou então adormecido.
            A existência de um grande acervo secreto nas dependências ocultas do Monastério, demonstra clara e objetivamente que aqueles que detinham o conhecimento, também detinham o domínio, e que por sua vez, distribuir ou conceber a oportunidade de outros adquirirem o conhecimento, poderia colocar em duvida a Fé e por consequência o domínio ali existente.
            Todos que de alguma forma foram atrevidos em buscar este conhecimento acabaram mortos, para que estes conhecimentos adquiridos não viessem contaminar o restante da congregação.
            Para quem busca o conhecimento, a alegria em encontrar o que chamou Frade Guilherme de a maior “Biblioteca da Cristandade”, se evidencia quando mesmo encontra tal local e festeja com entusiasmo esta descoberta. Pois, esta descoberta abriria a possibilidade da quebra do tradicionalismo e a possibilidade do descobrimento de conhecimento, e de quebra a tomada do senso critico.
            Neste mesmo trecho analisado, a frase que mais chama a atenção e comprova que a fé era usada como forma de dominação, é justamente a que o Frade Guilherme responde ao Jovem Adson o questionamento sobre a preciosidade do mesmo, onde ele cita que os mesmos estão guardados por possuírem um conhecimento diferente, e que ideias podem fazer duvidar da infalibilidade da palavra de Deus e acrescentou dizendo que a duvida era inimiga da fé.
            Por tanto, a conclusão que chego, é que a utilização da fé funcionava como forma de dominação. Em nome da fé que se defende os costumes, as tradições. O conhecimento acaba contestando a fé e da mesma forma a dominação. O Modernismo, como ação critica ao Tradicional era combatido de qualquer forma para que em nome da Fé , da Tradição o domínio permanecesse ativo.
Já a busca constante por conhecimento, iria certamente romper com o tradição, de forma a criar senso critico e da mesma forma questionando a dominação privilegiada de pequenos grupos.


FONTE

ECO, Humberto, O Nome da Rosa.

sábado, 29 de abril de 2017

Cada um Enxerga Aquilo que quer Ver!

28 de abril de 2017 -  dia para entrar na historia da luta dos trabalhadores do Brasil. Dia que foi marcado como a realizadora da maior Greve dos Últimos Anos do Brasil... quem sabe a maior de todos os tempos.

Nenhum direito a menos gritavam manifestantes, trabalhadores que por alguns chamados de vagabundos mas que estavam na rua lutando por um direito a todos e todas.

As redes sociais esta cheio de analistas... muitos condenando aquilo que a mídia golpista mostrava... mas outros percebiam que a o Brasil parou.... teve resistência, teve muita luta... pois estamos em guerra e o inimigo se utiliza das mídias de massas para distorcer as informações...
Imagem da Internet - * Autor desconhecido

A classe trabalhadora e os Movimentos Sociais deram seu recado... pois fazer passeata com a divulgação das grandes emissoras de tvs na convocação em um domingo pela manha é fácil... quero ver é mobilizar centenas de milhares de trabalhadores e lutadores sociais no ultimo dia útil do mês e sem a minima divulgação previa das grandes e nada imparcial emissoras...

Parabéns a todos que tiveram a coragem de irem as ruas... parabéns a todos que não puderam sair as ruas por serem escravos deste sistema, mas mesmo assim compreenderam a importância do mesmo.

Ocorreram incidentes sim... infelizmente.... que representam um percentual minimo da grandeza do ato, mas um percentual enorme na divulgação da mídia televisiva... mas com certeza o recado foi dado.... e cada um Enxerga aquilo que quer ver....

Em quanto as pessoas percebiam que o Brasil parou em varias capitais, em varias cidades... o governo com grande apoio das grandes emissoras falavam que não ouve adesão, que só tinha baderneiros... o senso comum de quem não quer enxergar, analisam a Maior Greve de Trabalhadores das Ultimas Décadas como algo desnecessário e que não surtira efeito, tudo baseado na manipulação da mídia golpista.

As reformas propostas por este governo, é a continuação do golpe que começou logo apos as eleições de 2014, quando os representantes das elites perceberam que haviam elegido a maioria no congresso nacional. E por isso que os lutadores sociais vem mostrando e dando o recado... que estamos percebendo o golpe... que sabemos quais são os interesses por de traz de tudo que este governo vem realizando.... E preciso sim expor todos as feridas... pois em 2018 iremos no voto... na democracia... na expressão soberana do povo expressar nosso descontentamento com este ingoverno, com a corrupção e com a politicagem. 

Vamos exercer nossa cidadania... vamos sair as ruas... vamos expressar nossas opiniões... com respeito... com coragem... com a certeza que um mundo melhor é possível.. A luta é Permanente.... 

Christian De Souza


*Autor da imagem desconhecido, 
se alguém souber me avisa que coloco os devidos créditos... 
a mesma descreve bem o que aconteceu neste dia
 28/4/2017

quarta-feira, 26 de abril de 2017

“Carta de Manaus” incentiva criação de novos municípios no país




Documento elaborado no fim de semana por líderes Emancipalistas do país, que se reuniram em Manaus, deverá reforçar a decisão a favor da aprovação de um Projeto de Lei Complementar e duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC), que tramitam na Câmara Federal, e visam a Emancipação Municipal de distritos pelo Brasil. O deputado estadual Adjuto Afonso (PDT) participou de todo o processo que finalizou com a “Carta de Manaus”, que será encaminhada ao Congresso Nacional.

“Após intensa discussão, os líderes Emancipalistas encerraram com a aprovação do conteúdo da “Carta de Manaus”, a exemplo do que aconteceu nos eventos anteriores, como forma de pressionar o Congresso a aprovar o mais rápido possível essas matérias. Nós entendemos da necessidade, eu participo desse movimento há anos, já houve outros projetos que foram vetados, esperamos que esses agora com os critérios que foram inseridos tenha a aprovação do Congresso”, explica o deputado Adjuto Afonso, Emancipalista e presidente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos e Estaduais (Unale).

O IV Encontro Nacional de Líderes Emancipalistas teve Manaus como palco nesta edição. Em âmbito nacional o evento é uma realização do Movimento Emancipa Brasil, e no Amazonas foi coordenado pela Federação das Associações de Desenvolvimento Distrital Emancipalista do Amazonas (Faddeam). O primeiro Encontro foi realizado em Caucai, Estado do Ceará; o segundo, em Mosqueiro, no Pará; e, o terceiro, em Campos Lindos, Goias.

O coordenador do Emancipa Brasil, Luiz Carlos Farias, falou da expectativa do encontro no Estado do Amazonas e de itens importantes que constam na “Carta de Manaus”.
“Todas as expectativas para a realização desse encontro no Amazonas foram superadas. A Carta de Manaus fechou o evento com chave de ouro. É a certeza de que se fez tudo certo. Todos os parlamentares irão receber uma cópia, a imprensa também de um modo geral. Um dos itens do documento é a criação de um colegiado de presidentes, que vai coordenar, elaborar e discutir o estatuto para a Confederação, porque não tinha, e dentro de 180 dias nós vamos nos reunir em Brasília para decidir”, disse Farias.

O Presidente da Faddeam, João Tavares Lima (JLee), falou das dificuldades pelas quais passam os distritos no interior do Estado e da luta pela emancipação. “É de suma importância a nossa luta, que já vem de anos, eu comecei em 2000, no Careiro Castanho. Não é fácil, é muito sacrifício. Hoje estamos vendo uma situação mais favorável pra nós. Esses distritos precisam de assistência que os municípios-sedes não conseguem mais atender”, explicou JLee.
O evento contou com total apoio do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), David Almeida (PSD), que colocou à disposição toda a estrutura da Casa Legislativa.


A Carta de Manaus

O documento foi assinado pelos presidentes das federações presentes no encontro: Amazonas, Ceará, Pará, Pernambuco, Bahia, Góias, Rondônia e São Paulo, que declaram seu comprometimento com a causa. “Através desta Carta, expressar a nossa inteira disposição de lutar e tomar as devidas decisões que venham atender a todas as localidades, pugnando pela adoção de medidas que venham atender aos reclamos dos Distritos que lutam pela sua emancipação e seus cidadãos, para o melhoramento das condições de vida, nas áreas da EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA, SANEAMENTO BÁSICO, INFRAESTRUTURA, MORADIA, LOGÍSTICA, EMPREGO E RENDA E DEFESA DO MEIO AMBIENTE…”, diz trechos do documento.

PLP e PECs na Câmara Federal

Tramitam na Câmara Federal um Projeto de Lei (PLP) e duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC), que tratam da emancipação municipal. Trata-se do PLP 137/15, de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA), que aguarda Parecer do Relator na Comissão Especial na Câmara Federal, já foi aprovado no plenário do Senado por 57 senadores; PEC 143/15, autoria do deputado federal Danilo Forte (PSB/CE), que está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania na Câmara Federal; e, PEC 56/2007, de autoria do deputado federal Vicentinho Alves (PR/TO), que aguarda a criação de Comissão Temporária pela Mesa Diretora da Câmara Federal.

Distritos do Amazonas

No Amazonas, mais de 40 distritos aguardam pela Emancipação, porém, a partir dos critérios estabelecidos nos documentos, as áreas que mais apresentam características são: Puru Puru e Janauacá (Careiro Castanho); Foz do Canumã e Axinim (Borba); Itapeaçu (Urucurituba); Novo Remanso (Itacoatiara); Matupi (Manicoré); Caviana (Manacapuru/Beruri); Campina do Norte (Manacapuru); Mocambo (Parintins), Balbina (Presidente Figueiredo), dentre outras.

Presença no evento

Além do deputado Adjuto Afonso, estiveram presentes no evento os deputados estaduais do Amazonas Sinésio Campos (PT), Sidney Leite (PROS) e Orlando Cidade (PTN). Do Pará, participou o deputado Hilton Aguiar (SD), presidente da Comissão de Divisão Administrativa do Pará e Assunto Municipais. Os deputados federais Alfredo Nascimento (PR-AM) e Hissa Abrahão (PDT-AM) mandaram representantes. Prefeitos e vereadores do interior do Amazonas também participaram.

Das federações emancipalistas do Brasil, estiveram presentes: JLee (AM); José Nunes Filho (SP); Antônio Pantoja (PA); Luiz Carlos Mourão Maia (CE); Nelson Tadeu Daniel (PE); e, Gilson Ferreira (GO). Também representantes de entidades que defendem a causa: Aparecido Bispo de Oliveira, Movimento em Prol da Instalação do município de Extrema de Rondônia; Tonierley Guimarães, Associação do Movimento Emancipalista de Riacho da Onça da Bahia; José Roberto da Siqueira, Movimento Emancipalista de Pilar; Roni Keck, Comitê Pró Emancipação do Distrito de Castelo dos Sonhos (PA); Ubiratan Filadelpho, Conselho Gestor Pró Desenvolvimento e Emancipação de Moraes Almeida (PA); dentre outros.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Primeiro dia de Aula!


Dia 24, como mencionei aqui, foi meu primeiro dia de aula... A atividade de recepção e explicação de como funciona o curso de Ciências Sociais reuniu no Auditório da FAURB as turmas de Licenciatura e Bacharelado.

Logo percebe-se que existe estudantes de varias idades, o que me conforta um pouco... kkkk

Confesso que estou assustado, muita coisa para se fazer... Mas vamos, um dia de cada vez buscar o máximo de conhecimento e aproveitamento deste momento.

Então esta semana vai ser assim... 

Quebrando Minha Zona de Conforto!

Faltando um mês para meu quadragésimo primeiro aniversario, justamente no dia do Churrasco e do Chimarrão me vejo sentado em uma sala, mais precisamente em um Auditório, junto com outras dezenas de pessoas.

Nesta sala, neste Auditório da Faculdade de Urbanismo, estávamos sendo apresentados ao Curso de Ciências Sociais da Universidade de Pelotas. Duas turmas, Bacharelado e Licenciatura.... 

Logo de cara percebi que não era o único com idade mais avançada dos que se imagina ser de um estudante que ingressa a Universidade.

Após muitos anos, enfim, estou na Universidade... estou cursando oficialmente o curso superior de educação... Quebrando assim minha zona de conforto.... na busca de aprimoramento dos meus conhecimentos, e de um futuro profissional voltado aos temas que gosto...

Pode aparecer meio besta esta empolgação, mas fico pensando como minha mãe reagiria se estivesse aqui me vendo ir para a faculdade? Penso no exemplo que estou dando aos meus filhos? Penso que um sonho de muitos anos ao fim começa a se realizar e não me vejo em época melhor...

Sim, acho que não poderia ser em uma época melhor... hoje entro na Universidade com amadurecimento que me permite não pensar nas festas etc e tal... me prendo ao foco de me formar, e seguir a profissão de Cientista Social... Entro no momento que consigo contextualizar aquilo que defendo a tanto tempo e que não sabia o nome... que é o direito a Cidadania... algo que irei tentar aprofundar no curso...

Mãe... aonde quer que estejas, é em tua homenagem que dou este passo.... é em nome de meus filhos que decido me sacrificar em uma jornada dividida entre o Trabalho e os Estudos... Na busca incessante de uma outra perspectiva de mundo e de vida... Buscando o Bem viver, trabalhando no futuro que tanto me motiva a viver...

Aproveito este momento para agradecer o fundamental apoio que a minha esposa Márcia tem me dado. Com certeza sem teu apoio não seria possível estar dando este passo... que embora seja importante e decisivo é só o primeiro nesta longa caminhada... Pois tenho a compreensão de que será difícil chegar em casa sozinha e dar conta dos nossos três filhos sozinha até a minha chegada... Mostrando que teu sacrifício poderá ser ainda maior que o meu...

Agora vamos adiante, aula após aula, trabalho após trabalho, até aquele dia que nem consigo imaginar como será sem que meus olhos lacrimeje..

Irei usar este meu espaço (blog), para postar meus trabalhos, e minhas avaliações dos textos estudados....

Mas vou continuar a postar os costumeiros textos e posições sempre que possível... Por isso, agradeço a todos que acompanham aqui minhas palavras...

Um grande abç
Christian de Souza


sexta-feira, 21 de abril de 2017

A Dominação!

Segundo Max Weber em "Economia e Sociedade", relata que existem três tipos de dominação. Embora o texto tenha sido escrito em 1922 podemos notar que de certa forma a logica de dominação continua as mesmas.

Hoje, dia 21 de Abril, data que todos lembram a morte do conhecido Tiradentes e alguns até lembrem da morte de Tancredo Neves, acredito que ninguém saiba (pelo menos quem não estuda estas questões), saiba que em 1864 anos nascia Max Weber, Sociólogo Alemão que juntamente com outros autores compuseram a Sociologia Moderna.

Sua principal obra (já citada acima), fala sobre este tema da dominação.... a qual irei com minhas palavras resumir....

DOMINAÇÃO LEGAL

Trata-se do tipo de dominação tendo como a burocracia com o tipo de dominação. A mesmo é criada , modificada sempre que Houver a necessidade. Seus princípios fundamentais  esta na hierarquia  funcional, onde a administração esta baseada nos documentos como estatutos e regimentos. A obediência é prestada não a pessoa mas sim ao cargo que a mesmo ocupa. 

DOMINAÇÃO TRADICIONAL

Na dominação Tradicional é exercida pela existência de uma fidelidade tradicional. Os governantes ou Senhores são os dominadores e os dominados seus súditos. A obediência se da em virtude do que diz respeito a tradição onde se juga que deva seguir a pessoa sagrada pelo moralidade. Podemos ver este tipo de dominação em ações chamadas patriarcalismo.

DOMINAÇÃO CARISMÁTICA

Esta bem fácil de identificar, pois trata-se da dominação pelo carisma e simpatia que o dominador exerce aos dominados. Este se utiliza das crenças, das profecias e de sua capacidade de alcançar a crença seja religiosa ou ideológica.

Bem, só um resumo simplista e sem aprofundamento sobre o tema... mas que vale a pena ler e refletir em tempos de crises nos poderes e de profundo retrocessos nas lutas sociais aqui no Brasil...


Um Grande abç a todos

quinta-feira, 20 de abril de 2017

A Alternativa é a Estatização!

Estou refletindo sobre todos os acontecimentos que envolvem a Politica e mais precisamente o que esta voltado a Lava Jato e seus delatores. Todo este dinheiro desviado, as facilidades que estes grupos empresariais ganhavam as licitações e todo desfalque que nos foi dado em quanto Povo Trabalhador etc e tal.

Recentemente a Odebrecht teria sido condenada a devolver uma quantia que me parece ate ser abaixo por todo o mau que a mesma ocasionou a população... e me surpreendi em ver que o valor fora reduzido pela metade e que serão pagos parcelado... Não sei se de fato a condenação é oficial e se os valores também, mas de qualquer maneira tanto os Políticos, Partidos envolvidos, quanto as empresas envolvidas em atos desta magnitude precisam sim serem punidos com mais enfase, para que sirva de exemplo.

Mas ao contrario da lógica Burguesa que pretende entregar todos os Patrimônios Públicos nas mãos de pequenos grupos de especuladores, eu penso que ao invés de cobrar a multa destas empresa, deveriam era Estatizar as mesmas.

Sim, Estatizar todas as grandes Empresas que participaram de fraudes, de licitações, de sonegações  de impostos... passar tudo para a gestão Publica, para que todo o seu potencial fosse utilizado não para o enriquecimento de seus acionistas, mas para toda a População.

Imaginem empresas com o peso que a Odebrecht tem ao invés de estar a trabalho do lucro estivesse trabalhando na construção de Estradas, Escolas, Hospitais, Moradias etc,  Brasil a fora?

Uma empresa que poderia sim ser contratada e os valores recebidos pela mesma ficariam na Estatal, como forma de investimento em tecnologia e ajudando no fortalecimento da empresa e da sociedade que teriam os cofres públicos aliviados nos valores pagos nestas construções de valores faraônicos....

Quem sabe medidas como estas contribuíssem para que reformas golpistas como esta da Previdência tornasse desnecessária??

Lembrando que estas grandes empresas tem empreendimentos em vários países pelo Mundo.... Como por exemplo a França...

Vamos estudar esta proposta como alternativa e bandeira de luta do povo contra a corrupção e contra a Politica de exploração dos Trabalhadores....

Um Abç Chris DS

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Água - Cidade Azul

Não falta água, falta é comprometimento com a água... a água tem que ser tratado como o bem mais valioso existente, pois é o bem mais valioso juntamente com o ar...

Não sou entender, mas acho que precisamos mais e mais determos este problema. costumamos pensar em água quando falta na torneira. Nos organizamos, nos mobilizamos, medidas paliativas são tomadas e tudo cai no esquecimento.

Veja neste vídeo o projeto Cidade Azul


Ubuntu: a filosofia africana que nutre o conceito de humanidade em sua essência


Uma sociedade sustentada pelos pilares do respeito e da solidariedade faz parte da essência de ubuntu, filosofia africana que trata da importância das alianças e do relacionamento das pessoas, umas com as outras. 

Na tentativa da tradução para o português, ubuntu seria “humanidade para com os outros”. Uma pessoa com ubuntu tem consciência de que é afetada quando seus semelhantes são diminuídos, oprimidos. – De ubuntu, as pessoas devem saber que o mundo não é uma ilha: “Eu sou porque nós somos”. Eu sou humano, e a natureza humana implica compaixão, partilha, respeito, empatia – detalhou em entrevista exclusiva ao Por dentro da África, Dirk Louw, doutor em Filosofia Africana pela Universidade de Stellenbosch (África do Sul). Dirk conta que não há uma origem exata da palavra. 

Estudiosos costumam se referir a ubuntu como uma ética “antiga” que vem sendo usada “desde tempos imemoriais”. Alguns pesquisadores especulam sobre o Egito Antigo (parte de um complexo de civilizações, do qual também faziam parte as regiões ao sul do Egito, atualmente no Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália) como o local de origem do ubuntu como uma ética, mas o próprio fundamento do ubuntu é geralmente associado à África Subsaariana e às línguas bantos (grupo etnolinguístico localizado principalmente na África Subsaariana).
No fundo, este fundamento tradicional africano articula um respeito básico pelos outros. Ele pode ser interpretado tanto como uma regra de conduta ou ética social. Ele descreve tanto o ser humano como “sercom-os-outros” e prescreve que “ser-com-os-outros” deve ser tudo. Como tal, o ubuntu adiciona um sabor e momento distintamente africanos a uma avaliação descolonizada – contou o especialista e membrofundador da South African Philosopher Consultants Association.


Na esfera política, o conceito é utilizado para enfatizar a necessidade da união e do consenso nas tomadas de decisão, bem como na ética humanitária. Dirk lembra que também existe o aspecto religioso, assentado na máxima zulu (uma das 11 línguas oficiais da África do Sul) umuntu ngumuntu ngabantu (uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas) que, aparentemente, parece não ter conotação religiosa na sociedade ocidental, mas está ligada à ancestralidade. A ideia de ubuntu inclui respeito pela religiosidade, individualidade e particularidade dos outros.

Ubuntu ressalta a importância do acordo ou consenso. A cultura tradicional africana, ao que parece, tem uma capacidade quase infinita para a busca do consenso e da reconciliação (Teffo, 1994a: 4 – Towards a conceptualization of Ubuntu). Embora possa haver uma hierarquia de importância entre os oradores, cada pessoa recebe uma chance igual de falar até que algum tipo de acordo, consenso ou coesão do grupo seja atingido. Este objetivo importante é expresso por palavras como Simunye (“nós somos um”, ou seja, “a união faz a força”) e slogans como “uma lesão é uma lesão para todos” (Broodryk, 1997a: 5, 7, 9 – Ubuntu Management and Motivation, de Johann Broodryk). 

Uso da palavra com a democracia na África do Sul Após quase cinco décadas de segregação racial apoiada pela legislação, o processo de construção da África do Sul no pós-apartheid exigia igualdade universal, respeito pelos direitos humanos, valores e diferenças. Desta forma, a ideia de ubuntu estava diretamente ligada à história da luta contra o regime que excluía a cidadania e os direitos dos negros.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Vereador abre mão da verba para os gastos complementares.

Antes de tudo, indico aos que forem ler este artigo que pensem na frase a seguir:
"A Polaridade não só é burra como está a serviço de algo nefasto que encobre seu rastro na cegueira comodista de uma sociedade minimalista e imediatista." - (Chris DS em A Polaridade e Burra, postada no meu blog).


Primeiro precisamos esclarecer, pelo menos no meu entendimento, que o valor que o vereador abriu mão, não esta depositado em sua conta, ou seja, não é obrigatário a sua utilização. Trata-se de um complemento com teto de um valor X por ano que pode ser usado caso seja necessário.

Acho que a ação aparentemente nobre, pode se tratar de uma jogada de auto marketing, de mera ação populista no intuito de se colocar como paladino de uma causa que até acho nobre. Pois realmente os salários de vereadores são na minha opinião bastante bons se classificarmos o conjunto da sociedade.

O correto seria nem existir este complemento, acho que os demais vereadores deveriam seguir o exemplo da não utilização deste complemento, já que recebem toda a estrutura da instituição para a realização das tarefas que lhe cabem no papel de legisladores.

Então, o que estou tentando dizer, na minha humilde opinião, que não deveria ter esta verba, que a questão de economia é sim um ato nobre a ser seguido para quem detêm cargos públicos, assim como em qualquer lugar. Mas quer a ação do Vereador em questão se torna de certa forma contraditória, pois a verba não precisa ser usada. Usa a mesma quem quer....

Vejam como uma ação pode ser contraditória a si mesmo... Eu acho que nem deveria ter esta verba, mas acho que o vereador se utilizou de uma ação nobre para abrir mão de algo o qual não esta obrigado a usar.... podendo desta forma se interpretado como maledicente, por aqueles que detêm o conhecimento sobre a disponibilidade da verba, ou de herói, para aqueles que não conhecem o fato de que a tal verba é facultativa em sua utilização.

Por bem ou por mau... se algum vereador que tem toda uma estrutura de trabalho, alem de um belo salario se analisarmos pelo contesto social de nossa Cidade, e que alem disso tem assessores pagos pela instituição acharem que precisam desta verba para só desta forma conseguirem realizar seu trabalho... caso contrario não poderiam exercer sua função, dou a seguinte dica... pede para sair... pois eu assumiria com prazer a função, sem utilizar a tal verba e com a certeza que faria bem minha função....

Um grande abç
Chris DS

terça-feira, 11 de abril de 2017

A Polaridade é Burra!

A quem serve?
A Polaridade não só é burra como está a serviço de algo nefasto que encobre seu rastro na cegueira comodista de uma sociedade minimalista e imediatista.

Quando tomamos lado em tudo, ou quando somos subjugados a estar de um lado, perdemos o que temos de mais valioso e que nos difere dos demais seres vivos da Terra, que é justamente a racionalização.

Não é porque es contra ou a favor de algo que obviamente terás de ser Esquerda ou Direita. Nossa capacidade de ouvir a opinião do outro tem que estar sempre aberto. 

Estar aberto ao dialogo, não quer dizer estar traindo convicções, mas ao contrario, demonstra a tua capacidade de perceber que a verdade é relativa e que sem as devidas ponderações a decisão pode estar equivocada.

Neste momento de Polarização Social, onde ou tu és Esquerda ou Direita, Comunista ou Capitalista,  Coxinha ou Petralha, contra ou a favor, acabam estabelecendo padrões que pouco contribui para a devida solução ou alternativas, e de certa forma contribuindo para um jogo de poder que não te representará.

Esta objetividade subjetiva de que precisamos tomar decisões rápidas e que nos colocam em cheque, serve a um único proposito, que a meu ver é o de ser utilizado como massa de manobra.

Não é porque acredito ou defendo certas posições que tenho que estar sempre em concordância com as demais pessoas que pensam ou defendem coisas parecidas comigo. 

Quando nos colocamos de forma automática de um lado, de um polo, estamos deixando que aqueles que formularam a ideia nos guie mesmo que de forma contraditória por caminhos que podem não ser bem aquilo que pensamos ou defendemos. Por isso, é preciso sempre ter a capacidade de debater, de se posicionar, sem o medo da retaliação. 

Somos sim um aglomerado de conceitos e pré conceitos que precisam ser debatidos, com coração e mente aberta, no intuito de escolhermos pontualmente o que achamos ou pensamos achar certo sobre cada assunto. E mais ainda podemos sim dizer que por falta de conhecimento que não iremo nos posicionar sobre um determinado assunto, sem o medo de ser acusado estar em cima do muro.

Tomar Partido, tem que estar atrelado ao Cidadania... pois, só podemos tomar partido do que conhecemos, do que debatemos e do que fomos capazes de absorver dos debates. E Isso é ser Cidadanista, é a capacidade de questionar e discutir aquilo que acreditamos ser o correto.

Precisamos Questionar.... Precisamos nos apoderar de nosso senso critico e não deixar que uma suposta maioria, grupos de trabalho e convivência, mídias entre outros tomem a decisão de posicionamento... Sempre sabendo que ao invés de dois lados, podem existir um infinidade de lados.

Pois bem, se podemos ter uma infinidade de lado, obviamente que a polarização não é correta e precisa ser combatida, não com a força física, mas no permanente exercício de cidadania, onde o individuo tem livre arbítrio para pensar e criar suas próprias opiniões.

Quando o jogo é a Polarização, pode ter certeza que a mesma esta a serviço de algo ou alguém, que subjuga nossa capacidade de questionar, nos levando como massa de manobra em busca de uma hegemonia que é questionável.... pois a hegemonia tende a ser autoritária, o que vai na contra mão de quem busca uma outra sociedade. 

É comum na Polarização a tática do ataque como melhor defesa, ou seja, ao invés de questionar e debater as ideias e suas deficiências um lado tende atacar o outro acentuamo ainda mais a Polarização e desta forma todos que se atrevem entrar no debate são jogados automaticamente de um lado. Enquanto ficamos defendendo um dos lados, que realmente esta com o jogo na mão pouco se interessam por nossas opiniões, pois como já citei a Polarização serve como massa de manobra, na busca de hegemonia....

Quando quebramos o paradigma da Polarização e queremos relativar as diversas nuances ou viés existentes, somos chamados por quem prega a polarização de filósofos de redes sociais, na tentativa de nos desacreditar de nossa capacidade de termos mesmo que sem citar grandes Autores o nosso direito de ter ideias e penamentos. Pois a cada nova alternativa de ideias criadas, é igualmente o enfraquecimento da Polarização....

Isso não é algo novo, a Polarização vem sendo uma ferramenta a serviço dos dominadores a muitos anos... vide exemplo a guerra fria.... onde ou tu estava de um lado ou de outro... e quem quisesse dialogar com o melhor de um lado abria pretexto para o outro retaliar... os golpes nos anos 60 na America Latina demonstram isso... em nome do combate ao Comunismo liderados pelo Soviéticos, vários atos de tomada de poder se deram em nome da Pátria etc e tal.. As constantes guerras por territórios, em nome da religião e do petróleo no chamado Oriente Médio também mostram exemplos de polarização.

Quem sempre sofre com a Polarização é justamente quem justamente se deixa carregar por estas ações... pode parecer simples, mas se pararmos para pensar, poderemos ver que alguns ganham milhões na existência da Polarização...

Por isso eu fujo da Polarização... e indico a todos que façam o mesmo.... sejam capazes de seguir seus próprios pensamentos... escutem os vários lados do problemas e busquem debater a causa em busca da consequência.... Se permita pensar, questionar e ter posições próprias...

Um Grande Abç
Christian de Souza

quarta-feira, 22 de março de 2017

Segurança Publica e a Reforma da Previdência - A Causa ou a Consequência?


Esta onda crescente de insegurança, tem remetido a sociedade em geral a debater o assunto segurança com mais enfase. 

Sem entrar muito no debate de segurança, faço esta postagem para relatar na minha opinião uma das causas do aumento gradativo da criminalidade. 

Primeiro quero citar uma memorável frase do sempre Mestre Darcy Ribeiro: - "Se os governantes não construírem escola, em 20 anos faltará dinheiro para construir Presídios" - Esta frase foi dita em 1982! A Profecia vem se confirmando a cada dia....

Mas quero também citar uma outra frase, esta de minha autoria: - "Enquanto o Traficante for mais Sedutor que o Professor, o resultado será sempre assustador"

Este pequena introdução sobre a questão da Educação como uma vertente para a criminalidade, é só para mostrar que a consequência é sempre desesperadora, que hoje falar que bandido bom é bandido morto não irá resolver em nada a questão da criminalidade. Uma sociedade onde os salários são baixos, a individualidade se sobressai ao coletivo, onde a educação é precária terá sim um aumento significativo e gradativo de crimes. Um País que enxerga e condena somente quem comete assaltos, mas é incapaz de condenar todos que cometem crimes de lesão ao estado, estará sujeito sim a uma criminalidade latente....

Mas o que isso tem haver com a Previdência?

Chris DS
DIGA NÃO A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Assim como a questão da educação, a questão do emprego (e ai incluo valorização, estrutura, salários, retornos e aposentadoria), esta ligado diretamente no aumento da criminalidade. Um jovem que esta vendo as suas expectativas de futuro quase inexistirem por causa deste sistema a qual chamamos de Capitalismo, pode ser facilmente seduzido pelo Traficante. Pois é mais fácil e rápido o ganho financeiro no crime, do que cumprindo de 8 à 10 horas diárias de trabalho durante 1 mês.

Esta reforma que se pretende fazer na Previdência, e também na questão das terceirização, remete a um futuro que infelizmente prevejo varias vezes pior da existente. Pois esta se tornando cada vez menos atrativo trabalhar de Carteira Assinada, e a prova disso que o setor que mais cresce é os de serviços e os de profissionais Liberais.

A Reforma da Previdência, ao meu ver, é uma Privatização remodelada, que jogará cada vez mais os Trabalhadores na busca por Previdências privadas, já existente no Brasil a muitos anos.

Imaginem, que motivação um trabalhador tem de trabalhar sabendo que alem de receber uma baixa remuneração (que até melhorou muito no mandato do Lula), com jornadas que segundo a reforma trabalhista poderá aumentar, e sem a expectativa de uma aposentadoria que lhe permita aproveitar a vida, conforme prevê a reforma Previdenciária? Alem da questão da Terceirização..... Esta cada vez mais complicado.... ser Trabalhador no Brasil.

"A gente não quer só comida
a gente quer comida
diversão e arte
A gente não quer só comida
a gente quer saída 
para qualquer parte..."
(Titãs)

Não tem como debater a Segurança sem associar a questão da Educação e Trabalho. Por mais que precisemos de medidas urgentes para sanar ou amenizar o problema agora, sair por ai matando todos os bandidos, ou construindo presídios, ou então intervenções policiais e militares não irão resolver a questão que é de cunho Social.... precisamos mais do que nunca atacar o problema na raiz... Pois sem atacar a causa, não teremos resultados reais....

O pior que na contrapartida, este governo pós-golpista, não apresenta reformas referentes a questões aos privilégios e salários dos detentores de mandatos, não apresenta projeto de reforma dos cargos de confiança, não apresenta medidas que quebre privilégios de banqueiros e especuladores financeiros. Pois acredito justamente que este governo esteja profundamente comprometido com estes, o que lhe impede de mexer onde realmente se deve mexer. "Precisamos resolver o problema financeiro do Brasil... mas não por quem pode pagar, mas sim pela grande massa trabalhadora". Esta é a lógica deste governo, e deste sistema, onde a massa trabalhadora é que arca com tudo, para beneficiar uma minoria Privilégiada que sugam como parasitas a essência da humanidade

Isso não nos difere das eras medievais, onde os Reis aumentavam os impostos do artesões para suprir sua necessidade de vida boa nos palácios... Enquanto os nobres desfrutavam de seus privilégios o povo pagava a conta.

Por isso precisamos dizer NÃO a Reforma da Previdência, precisamos dizer não a tudo que nos mantem as margens e acabam beneficiando só a casta mais rica desta Sociedade. Pois assim como a Educação, esta também será responsável por toda esta criminalidade crescente...

Não basta só atacar a Consequência, é preciso atacar a Causa...

Para finalizar esta postagem, transcrevo o desabafo da grande amiga de minha família, colega da minha esposa, que postou no face o seguinte texto. (transcrevi com fidelidade as palavras)



Por Fabi Lemos

Que coisa REPUGNANTE esse governo,que vergonha realmente estamos vivendo últimos tempos de tragédias e se não bastasse querendo tirar os nossos diretos,quer dizer que eu que estou hoje com 17 anos de carteira assinada Sem parar um mês e que iria me aposentar aos 47 anos estou por fio de perder meus DIREITOS??

Quer dizer que agora esse cidadão nojento quer com essa reforma na previdência aumentar para 65 anos ?? E nada contra meus colegas homens....Mas igualar a mesma idade para os 2? Sendo que nos MULHERES se matamos em casa com os afazeres com nossos filhos??? E mais na nossa jornada de 8 horas? 

Quer dizer que agora pra minhas filhas se aposentaram com 65 anos vão precisar começar aos 16 anos?? Sendo que isso será IMPOSSÍVEL pois todo paí quer seu filho primeiro estudando e se formando!!! 
E detalhe pra AINDA conseguir isso não pode falhar um mês de contribuição. ...doenças?? Impecilhos da vida? Não pode acontecer pq aí vai ter mais de 70 anos e ai não vai nem USUFRUIR! !!!
ME pergunto querem melhorar a nós TRABALHADORES? 
Que triste pessoas de cabeça fracas vão desistir de trabalhar e mais ainda os de cabeça mais fraca ainda vão roubar pq trabalhar é cansativo e nunca vão receber seus direitos! !!
Governo SUJO ano que vem tomara que todos nós possamos tirar essa CORJA DE LÁ.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Ecossocialismo e Bem Viver como princípios para um outro mundo possível - Por Marcelo Soares

Por Marcelo Soares*

Retomada Mbya Guarani de Maquiné (RS). Foto: Andre Benites
“Acho que devíamos devolver este país para os índios”.

Quem nunca viu ou ouviu esta frase, principalmente em momentos de crise como agora, em que não vemos alternativas ou projetos de país e tanto as elites como as esquerdas transformaram o Brasil em um imenso vazio de significados.

Pior que a grande maioria das pessoas que faz este desabafo não tem um compromisso real com a defesa dos povos indígenas e muitas vezes é cúmplice do genocídio sofrido por eles ao longo dos mais de 500 anos da nossa história.

Mas o que parece uma solução mágica e irrealizável pode originar uma reflexão sobre a origem desta crise econômica, política e mesmo civilizatória em que estamos metidos. E esta origem tem nome: é o capitalismo com suas contradições e ciclos, com sua lógica do lucro custe o que custar, mesmo que esse custo seja nossa própria sobrevivência enquanto espécie.

E nos últimos anos tem crescido no campo das esquerdas o debate sobre o bem viver, o sumak kawsay em kichwa, ou teko porã em guarani, como uma possibilidade de construção de outro tipo de sociedade, sustentada em uma convivência harmoniosa entre os seres humanos e destes com a natureza.

A partir da luta dos povos bolivianos e equatorianos, que se consagrou nas novas constituições destes dois países, o bem viver deixou de ser uma solução utópica e um modo de vida característico de comunidades indígenas, tidas como selvagens em contraposição ao nosso modo de vida civilizado, para se constituir em uma alternativa para a desconstrução da matriz colonial que esteve na base da organização econômica inclusive dos governos progressistas das últimas duas décadas na América Latina, com a ênfase no extrativismo que ameaça justamente os povos indígenas e as suas terras.
O próprio presidente do Equador, Rafael Correa, em um debate sobre a Lei da Mineração daquele pais, afirmou: “A mineração é fundamental para a era moderna. Sem ela, regressamos à época das cavernas. Não podemos cair na irresponsabilidade de ser mendigos sentados sobre um saco de ouro.” (1)

Esta declaração reflete uma concepção de desenvolvimento que esteve na base da grande maioria dos governos de esquerda e mesmo socialistas, a qual prioriza o desenvolvimento das forças produtivas como geradora de bem estar social, mesmo que este desenvolvimento se reflita em uma ação predatória sobre a natureza e sobre comunidades e povos não integrados à este modelo.

O ecossocialismo que pautou a crítica não apenas ao capitalismo, como ao próprio socialismo não ecológico e à sua lógica também predatória da natureza, sempre foi relegado à um segundo plano dentro das organizações de esquerda, justamente pelo fetiche do desenvolvimentismo e a visão de Estado e economia que as caracteriza.

Michael Lowy, um dos maiores formuladores do ecossocialismo, foi bem claro sobre a necessidade de repensarmos o próprio modelo socialista, a partir do que o sociólogo português Boaventura de Sousa  Santos denominou de epistemologias do sul: “As economias dos países do Sul, da Ásia, África e América latina devem se desenvolver, mas isto não significa copiar o modelo de desenvolvimento capitalista do ocidente e seu padrão de consumo insustentável. Trata-se de buscar um outro modelo, um desenvolvimento ecossocialista, baseado na agricultura orgânica dos camponeses e nas cooperativas agrárias, nos transportes coletivos, nas energias alternativas e na satisfação igualitária e democrática das necessidades sociais da grande maioria. O modelo ocidental não só é absurdo e irracional, mas não é generalizável: se os chineses quisessem imitar o american way of life, cinco planetas seriam necessários.” (2)

E é o próprio Löwy quem avança nesta relação entre ecossocialismo e bem viver como princípios para um outro mundo possível, ao citar uma afirmação do histórico líder indígena peruano Hugo Blanco de que “os indígenas já praticam o ecossocialismo há séculos”.

E esse ecossocialismo dos indígenas nada mais é do que o bem viver, que tem como principais características justamente a harmonia com a natureza, reciprocidade, relacionalidade, complementaridade e solidariedade entre indivíduos e comunidades, oposição ao conceito de acumulação perpétua e regresso a valores de uso.

O bem viver envolve, pois, uma reflexão necessária sobre nossas visões de Estado e economia, ao defender a construção de um Estado plurinacional, comunitário e autonômico, tal como proposto nas recentes constituições equatoriana e boliviana, mas também se contrapor à visão de desenvolvimento e introduzir um debate que tem sido feito também na Europa sobre o decrescimento econômico.
Segundo Alberto Acosta: “A proposta de um novo estado deve incorporar dois elementos-chave: o Bem Viver e os Direitos da Natureza, a partir dos quais devem se consolidar e ampliar os direitos coletivos ou comunitários. Não há contradição com a participação cidadã, pois não se trata de uma democracia que abra as portas unicamente à cidadania individual-liberal: há também cidadanias coletivas e comunitárias. Além disso, os Direitos da natureza necessitam e, ao mesmo tempo, dão origem a outro tipo de cidadania, que se constrói no contexto ambiental.” (3)

Mas o bem viver também envolve outra visão de economia, sustentada em princípios como a solidariedade, sustentabilidade, reciprocidade, complementariedade, responsabilidade, integralidade e autossuficiência. Isso significa uma economia não baseada no produtivismo e consumismo exacerbados pelo capitalismo, cujo limite será a nossa sobrevivência como espécie.

A partir destas reflexões que envolvem não apenas a necessidade de transformação da nossa forma de produzir e consumir, mas principalmente da forma como nos relacionamos entre nós e com a Natureza como um todo, vemos com bons olhos o despertar de setores das nossas esquerdas para a afirmação do ecossocialismo e do bem viver como princípios para aquele outro mundo possível que tanto debatíamos nos Fóruns Sociais Mundiais.

E ficamos ainda mais otimistas ao vermos a crescente aproximação destes setores com os povos indígenas e suas lutas aqui no Brasil, cabendo destacar a experiência dos ecossocialistas do PSOL do grupo Ceará no Clima e do grupo que integro aqui no Rio Grande do Sul, da RAiZ – Movimento Cidadanista, um partido movimento em construção justamente com base nos princípios do ubuntu, bem viver e ecossocialismo.

Isso significa que entendemos que não se trata de entregar o Brasil para os índios, como uma experiência mágica ou uma tábua de salvação para as nossas muitas crises, mas de aprendermos e construirmos junto com os povos indígenas um novo projeto de país, democrático e generoso para com nossa gente.


Referências:
  1. Acosta, Alberto. O Bem Viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Autonomia Literária. Elefante, 2016. Pg. 112
  2. Löwy, Michael. Entrevista ao site do Instituto Humanitas da UNISINOS. 2011.
  3. Acosta, Alberto. Ibid. pg. 157.
Foto: Andre Benites - Retomada Mbya Guarani de Maquiné (RS)
*Marcelo Sares é sociólogo e um dos fundadores da RAiZ – Movimento Cidadanista

Postado também no site da RAiZ - Movimento Cidadanista, no dia 13/03/2017.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Direito ou Obrigação de Julgar - Por Jurandir Silva

Há alguns dias eu estava me dirigindo para almoçar e passei pela Rua General Neto, entre a Marechal Deodoro e a Barão de Santa Tecla. Quem conhece Pelotas e já se achou geograficamente sabe que esta é uma quadra de bastante movimento no horário de almoço em virtude de ser o principal local de concentração dos ônibus que vem e voltam da zona rural.
Aproximadamente no meio da referida quadra avistei um homem que estava na esquina com a Santa Tecla. Ele estava fazendo xixi. Confesso, muito sinceramente, que a minha reação imediata foi de achar meio engraçado. “Puxa, que cara dura fazer xixi ao meio-dia e tanto num poste em pleno centro!”. Na medida em que me aproximei um pouco mais comecei a pensar que com todo o movimento daquele horário, poderia acontecer de passar ali uma criança, ou qualquer pessoa que se sentisse agredida pela cena, e que isso poderia ser um trauma para esta pessoa. Confesso também, muito sinceramente, que neste momento fiquei brabo com o tal homem.
Me aproximei um pouco mais até passar ao lado do homem. Era um senhor de mais de 60 anos, talvez 70. Provavelmente um agricultor aposentado. Ele continuava a fazer xixi e de perto percebi que ele estava com a bermuda completamente encharcada de urina. Entendi que ele tinha segurado a urina até o limite do suportável, e que depois de começar a urinar nas suas roupas ele se dirigiu ao poste para terminar.
Passei pela esquina e comecei a pensar na situação. Pensei que aquele agricultor aposentado deveria ter vindo da zona rural em um ônibus que não tem banheiro. Pensei que moramos em cidades em que há poucos ou não há banheiros públicos. Pensei que há lugares onde há banheiros mas para usá-los é necessário ser cliente. Pensei que já ouvi de muitos dos meus amigos mais velhos que a partir de uma certa idade é muito mais difícil e doloroso segurar o xixi. Pensei na vergonha que aquele senhor estava sentindo por andar todo mijado no centro da cidade. (eu poderia adjetivar Pelotas como uma cidade grande ou média, ou pequena. Isso depende do ponto de vista. Se alguém estiver lendo no Rio de Janeiro, pode dizer que Pelotas é uma cidade pequena. Para quem vem de cidades menores, ou mesmo para este senhor, provavelmente morador da zona rural, Pelotas é uma cidade que pode ser vista como enorme). Pensei que, infelizmente, toda essa situação lamentável pela qual este senhor passou, não anula a possibilidade de alguma criança passar por ali e pela primeira vez na vida ver um pinto e, tendo nós ainda muitos tabus relacionados aos órgãos sexuais, passar por um trauma. Pensei que, infelizmente e independentemente de ser criança, outras pessoas poderiam ver uma parte desta cena e se ofender.

Escrevi tudo o que vi e – acho que – tudo o que pensei sobre este episódio. Desde que ele aconteceu até hoje eu comentei com alguns poucos amigos sobre ele. Agradeço a estes amigos pela audiência e principalmente por terem pensado na questão. Isso me motivou a publicar o que eu vi e o que eu pensei. Não publico para expor o senhor que fez xixi, nem para julgá-lo. Também não julgo quem se ofende ao ver um senhor fazendo xixi na rua. Também não julgo quem vê alguém fazendo xixi na rua e – como primeira impressão – acha engraçado. Não sou juiz. Gosto muito de participar da política e me movo pelas causas e pessoas que me apaixonam. Publico porque tenho visto, principalmente nas redes sociais e com mais frequência do que gostaria, a gente achar que tem direito ou obrigação de julgar, as vezes até vendo uma parte de um episódio, sem observar o que aconteceu antes ou depois. Assim como as vezes a gente acha que tem, direito ou obrigação, de dizer se isso ou aquilo está certo ou errado. Do alto da minha ignorância eu penso que muitas vezes não tem certo e errado e a resposta é depende. Depende se a gente é a pessoa que está indo almoçar e vê um velho mijando e mijado, ou se a gente é a pessoa que não aguenta mais segurar o xixi e faz nas calças.
*Este texto não é uma indireta para uma ou outra pessoa. Ele é uma direta sobre como nós, eu incluso, temos nos sentido com direito ou obrigação de julgar e nos posicionar nas redes sociais. A reflexão pra mim foi útil, espero que possa ser para mais alguém. Se não for, desculpem.



*Texto postado na linha do tempo do Face do Jurandir Silva, que autorizou a postagem aqui.... a mesma faz uma bela reflexão sobre nosso direito de julgar.... Recomendo a leitura e a reflexão! Chris DS

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Lei do Sexagenário

Imagem extraída da Internet
(Autor desconhecido - Mas assim que souber altero aqui)
No alto de sua magnitude e bondade, o então Imperador Dom Pedro II decretou a chamada Lei do Sexagenário.

Tal lei (leia aqui), dizia que todo o Negro Escravo ao chegar no seu Sexagésimo Aniversario, estariam "livres"..... Mas na mesma lei o Negro Escravo tinha que trabalhar mais 3 anos de forma gratuita... uma forma de bondade dos Senhores Coronéis, que percebiam a dificuldade que estes Escravos teriam em se adaptar a liberdade..... 

Óbvio que a lei de 28 de setembro de 1885, decretada pelo Imperador, só tinha a visão de beneficiar os proprietários de escravos, que poderiam desta forma se desfazer dos improdutivos.... levando-se em conta que pouquíssimos Negros Escravos chegam a tal idade.... Pois a lida diária nos campos, a sua total falta de liberdade de ir e vir, sua incapacidade de proteger sua própria família e a dependência alimentar destruíam com sua capacidade de longevidade.... Ou seja, as precárias formas de trabalho com altas jornadas, nada de diversão e laser, e má alimentação, levava que a maioria ou morresse envelhecidos antes dos 50 anos, ou então morressem em acidentes e ou ate por suicídios.... Sem contar com milhares de Assassinatos que ocorriam dentro das Propriedades, com alegação de castigo ou exemplo por desobediência.

As justificativas de não libertar os negros escravos eram que se assim o fizessem os coronéis e toda a capacidade produtiva das províncias entrariam em colapso.... 

Leis como estas, serviam somente para tentar frear a onda abolicionista que estava ganhando força no final do século XIX... Ou seja, Lei do Ventre Livre entre outras não tinham resultados efetivos na liberdade destes Trabalhadores Escravizados.... E buscavam na verdade conter o que acabou acontecendo em 1888, quando foi assinada a Lei Áurea. "abro este parêntese, pois até hoje o negro sofre com o resultado de sua exploração".

Com a vinda dos Italianos, esta historia começa a mudar... mudam se a forma de escravidão... famílias inteiras fugindo de guerras e de misérias, vem para o Brasil para trabalhar no lugar dos negros em troca de um dia ter suas próprias Terras... ou seja, escravos que não se achavam escravos, pois tinham a prometida recompensa... de um dia passar de trabalhadores para produtores.... 


Hoje os Governos Brasileiros, não muito diferente do passado vem com projetos que afetam as aposentadorias de milhares de Trabalhadores.... propõem reformas Trabalhistas que tendem a cada vez mais aumentar a exploração barata de mão de obra... incentivando a acordos diretos, passando por cima de leis, em nome da empregabilidade ou então com leis que permite as chamadas terceirizações....

Continuamos sendo escravos, achando que não somos escravos, e ainda por cima, assim como faziam os Capitães do Mato, defendendo os Exploradores contra o Explorados.....

O Brasil de 1500, 1800 e 2017 não são diferentes... existe muita similaridade entre as épocas.... somos todos escravos... sejamos índios na época da invasão, seja os negros, os imigrantes ou os trabalhadores de hoje....e a prova disso tem sido as forjadas crises que colocam a Classe Trabalhadora em bretes, divididos entre sustentar suas famílias ou denunciar isso tudo.... manipulam os pensamentos com a ilusão de se queres chegar onde uns conseguiram, deves baixar a cabeça e trabalhar sem direitos... a mercê da minoria dominadora.... Sem direito a horas extras, com Salários ainda desigual entre gêneros e cor, e cada vez mais dificuldades de chegar ao fim da vida com uma aposentadoria digna, que nos permita aproveitar ou desfrutar de Bem Estar ou Bem Viver.... Desta forma, jogam cada vez mais Trabalhadores a buscar previdencias Privadas para garantir uma velhice mais confortável... tudo dentro de um sistema detalhadamente calculada de colocar tudo na mão de um grupo dominante...

Somos todos Escravos, com a esperança de chegarmos ao dia que nos darão a Liberdade... Estamos todos esperando a Lei do Sexagenário ser aplicada... mesmo que não consigamos chegar até lá...

Um Abç
Chris DS

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Veradora Cristina causa Polêmicas nas redes Sociais!

Não sei se isso é bom ou ruim, mas a mulher mais bem votada para o cargo de Vereador em Pelotas, que ocupou a segunda colocação geral nas Eleições 2016, vem causando Polêmicas nos usuários das Redes Sociais.

Primeiro por realizar uma passeata ou caminhada durante o recesso parlamentar, em defesa dos animais que ocorreu na orla da lagoa dos Patos, cito Laranjal. Onde além de varias pessoas, esteve presente também a atual Prefeita Paula Mascarenhas. A Polêmica é que moradores indignado com o descaso que vive o Bairro Laranjal, viram na tal passeata um ato desnecessário, onde o foco da Vereadora que reside no bairro deveria ser o da defesa do Bairro, buscando melhorias para os problemas que há tempos vem sendo apontados por grupos e organizações do Laranjal. Ai foi aquela guerra, pois seus defensores e acusadores trocaram farpas nas redes, onde de um lado mostravam que mesmo com recesso a Vereadora em questão estava buscando conhecimento e debatendo os problemas como a falta de água. E do outro alegando que a mesma estava mais preocupada com os animais que com as pessoas ou o bairro que reside.

Agora eis que surge nova Polêmica.... a Vereadora começa a debater o fato de se votar uma projeto de lei regulamentando o transporte de pequenos animais dentro do transporte publico de Pelotas. Mais uma vez as Redes Sociais foram tomadas por teorias e defesas contra e a favor do tal projeto.

Quero lembrar, sem entrar no mérito dos debates, que a Vereadora em questão foi eleita sob a bandeira da defesa dos Animais.

Bem, o fato é que certa ou errada, a Vereadora Cristina Oliveira em menos de 3 meses de mandato causou mais que a maior parte dos vereadores em anos de mandato. Mas fica a dica: O Cururu também foi Polêmico e acabaram cortando ele da Câmara... toda atenção é valida neste sentido....

Um abç
Chris DS

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Reforma Trabalhista! Por Repórter Brasil

Como a reforma trabalhista de Temer pode aumentar a sua carga horária

Por Repórter Brasil publicado 10/02/2017 00h17, última modificação 09/02/2017 11h32
Câmara instalou na quinta-feira 9 a comissão para debater a proposta do governo que permite elevar significativamente a jornada de trabalho 
 
Carolina Antunes / PR
Temer e Maia
Temer e Maia: o primeiro propôs e o segundo tem a missão de aprovar as mudanças



Por André Campos
reforma trabalhista do governo Temer pode elevar de modo significativo a jornada de trabalho dos brasileiros, além de gerar outras mudanças importantes na vida dos trabalhadores. Essa é a primeira de uma série de matérias em que a Repórter Brasil explica as principais mudanças propostas pelo governo, e como elas podem impactar o cotidiano dos trabalhadores.
O assunto é tratado como urgente. Nesta quinta-feira 9, foi instalada a comissão especial responsável por tratar do caso. Enviada ao Congresso dois dias antes do Natal, a votação da reforma pode ocorrer dias ou semanas depois do recesso. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) é o maior defensor de que a proposta seja apreciada em regime de urgência.
Além da carga horária, outras mudanças em vista são a forma de remuneração, o parcelamento das férias e o trabalho em home office. Esses aspectos poderão ser negociados diretamente entre sindicatos e empresas, de acordo com o projeto de lei 6.787/2016, que contém os principais pontos da reforma. Além disso, a proposta facilita a criação vagas temporárias e em tempo parcial, que dão menos direitos aos funcionários e podem tomar o lugar dos empregos tradicionais.
Muitas dúvidas ainda pairam sobre a reforma. Juristas e advogados questionam a legalidade de medidas contidas na proposta, potencialmente contrárias a princípios básicos da Constituição. Como por exemplo a jornada máxima de 44 horas semanais e a garantia do salário mínimo.
O Ministério Público do Trabalho afirma que o projeto é inconstitucional e defende a sua rejeição por completo. Se aprovadas, segundo previsão do órgão, as medidas podem gerar insegurança jurídica e muita confusão nos tribunais.
Se já estivesse valendo em janeiro de 2017, o projeto do governo Temer abriria uma brecha para 28 horas de serviço acima da jornada normal do mês. Seria o equivalente a sete horas extras por semana, nas quatro semanas cheias do mês.
Em outros meses, com mais feriados e menos dias úteis, o estrago poderia ser ainda maior. A jornada normal máxima em abril de 2017, de acordo com as regras atuais, é de 164 horas. Já para cumprir a jornada máxima prevista por Temer sem ter que que trabalhar nos feriados, seriam necessárias 11h36 por dia, de segunda à sexta, durante as quatro semanas daquele mês.
Ainda há muitas incertezas sobre essas mudanças, devido às contradições entre o texto constitucional e o da nova lei. Além disso, a Constituição fala em horas trabalhadas por dias e semanas, enquanto o da nova lei trata de horas por mês. Por isso, por enquanto, só é possível fazer estimativas.
Jornada
A Constituição limita a duração da jornada a oito horas diárias e 44 semanais – o que significa, no máximo, 2.296 horas anuais. São permitidas, além disso, até duas horas extras por dia, desde que em caráter eventual.
Com a reforma, acordos entre sindicatos e empregadores passam a ter força de lei para negociar jornadas de até 220 horas mensais – o que significa 2.640 horas por ano.  Isso significa até 344 horas a mais de horas trabalhadas por ano.
O projeto de lei também relativiza o limite máximo de 10 horas de trabalho por dia: as oito horas normais acrescidas de duas horas extras. Acordos coletivos estabelecendo jornadas de até 24 horas ininterruptas, que foram invalidados pela Justiça do Trabalho no passado, tenderiam a ganhar respaldo jurídico.
Além disso, não está claro se há margem para jornadas que superam o limite de 220 horas mensais, com as horas excedentes sendo computadas como horas extras. “O projeto de lei permite esse entendimento”, avalia Guilherme Feliciano, vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra). Seria uma situação semelhante à do Japão, onde as horas extras podem ser estendidas sem limites e o excesso de trabalho gera números alarmantes de suicídios e mortes por exaustão.
Por fim, o controle das horas trabalhadas é outro aspecto que tende a ser impactado, pois a forma como ele é feito passaria a ser objeto de negociação entre empregadores e sindicatos [atualmente, os critérios para o registro eletrônico de ponto são regulados por uma portaria do Ministério do Trabalho]. Segundo Feliciano, isso contribuirá para a adoção de sistemas não confiáveis de registro.
Mesmo sem a autonomia que o projeto lhes confere, diversos acordos entre patrões e sindicatos já são questionados nos tribunais por prejudicarem os trabalhadores. Até mesmo denúncias de corrupção pairam sobre eles. “A realidade sindical brasileira é marcada pela presença, lado a lado, de sindicatos sérios, combativos e dotados de grande representatividade e de sindicatos com pouca ou nenhuma legitimidade”, avalia o procurador geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, em nota técnica sobre a reforma trabalhista. “São geridos por um pequeno grupo de pessoas que os exploram como se a entidade fosse seu patrimônio pessoal”.


*Reportagem publicada originalmente na Repórter Brasil