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domingo, 4 de setembro de 2016

Entrevista do Candidato Ledinei Santana PMN concedida ao Diário Popular

Olá!!

Transcrevo abaixo a entrevista concedida ao Diário Popular pela Candidato Ladinei Santana PMN à Prefeitura Municipal de Pelotas.


O olhar voltado aos bairros pela candidatura do PMN

Ledinei Santana disse ter como prioridades as ações em áreas distantes do Centro; durante a entrevista, ainda assumiu o compromisso de reduzir em 50% o próprio salário

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Ledinei Santana, candidato a prefeito pelo PMN (Foto: Paulo Rossi - DP)
Morador do loteamento Getúlio Vargas, Ledinei Santana (PMN) concorre pela primeira vez a cargos públicos. Com a candidata a vice, Gisele Insaurriaga (PMN), pretende trazer o olhar de quem cresceu na periferia, à prefeitura de Pelotas. Na primeira entrevista do Diário Popular com os candidatos ao Executivo, Ledinei fala sobre desafios para participação popular, metas para o governo e até no corte pela metade no próprio salário durante o primeiro ano de mandato.
Mesmo sem saber qual é o valor pago - R$ 19.327,43 para prefeito e R$ 9.663,71 para vice -, Ledinei garantiu que irá abrir mão de metade da remuneração para contribuir na redução de despesas da prefeitura. A entrevista com o candidato foi realizada na sede do Jornal, com duração de uma hora. As perguntas foram feitas pelo editor-chefe, Pablo Rodrigues, pelo coordenador de Redação, Jarbas Tomaschewski, e pela equipe de reportagem.
Diário Popular - Por que o senhor quer ser prefeito de Pelotas?
Ledinei Santana - Em primeiro lugar, eu não tinha esse objetivo de ser prefeito de Pelotas. Mas o que me levou a concorrer foi a maneira de se fazer política que esta aí e o jeito que estão os bairros: falta de saúde e de saneamento. Resolvi, então, eu, como um cidadão, tentar assumir a prefeitura para resolver isto.
DP - E, assumindo a prefeitura, qual será a primeira ação de seu governo?
LS - Olha, nós do PMN, temos duas prioridades na prefeitura. Porque não adianta ter várias prioridades e acabar não cumprindo nenhuma. Então, nossas prioridades se resumem a duas áreas: saúde e saneamento básico. Nós pretendemos trabalhar em cima disto.
DP - Quais seriam, então, as medidas para melhorar estas áreas?
LS - Sou nascido e criado no Pestano, vivo atualmente no Getúlio Vargas. Onde resido, por exemplo, era uma granja, eu pescava lá. Nasci, me criei, e até hoje - tenho 39 anos - continuo convivendo com valeta na frente da minha casa. É incrível que até agora uma cidade como Pelotas investe - e não estou falando somente do governo atual, de governos anteriores também - em várias obras centrais, na maioria das vezes, e um bairro como o Getúlio Vargas está atirado. Então, é por isso, que a prioridade nossa é saneamento. Sanear, pegar cano, tapar valeta, pra depois pavimentar.
DP - Da forma como o senhor fala, parece simples executar esta proposta. Como pretende executar as ações em saneamento? Qual será a origem dos recursos?
LS- Eu vejo isto como algo bem simples. Pra mim, sinceramente, como cidadão, eu vejo que há muita falta de vontade dos governos. Te dou um exemplo: hoje um dos nossos projetos é reduzir em 50% a folha de pagamento da prefeitura em cargos de confiança. É possível, sim, reduzir o número de CC's em 50%. A partir disso, eu já terei uma certa quantia em recursos. Dentro das secretarias foi criado um cargo chamado de superintendente. Cada um ganha R$ 6 mil. Eu não sei o número certo de secretarias, mas quanto não dá para economizar disso? Então, se pegar esse recurso e aplicar em saneamento, quanto cano dá para comprar? E outra questão, não é pegar e somente comprar os canos. Um dos nossos projetos é criar uma cooperativa - não trazer empresa de fora para pegar nosso dinheiro e levar para fora e ainda para aqueles destas obras, todas mal feitas como são. A gente cria uma cooperativa para fabricar os canos. Vamos gerar emprego para muita gente da periferia, como por exemplo os catadores. Vamos arranjar técnicos para fabricar tubos com materiais recicláveis, isto é possível. E se depender da Câmara, aprovar ou reprovar o orçamento para saneamento básico. Aí é ir pra cima deles, é pra ir pra cima da Câmara de Vereadores. Ou eles estão do lado do povo ou não, porque eu vou ser o prefeito do povo. E eu vou ser aquele, se me tornar prefeito, que irei dentro das vilas para pegar cinco, dez, ônibus de gente e levar para frente da Câmara de Vereadores.
DP - O senhor incentivará os bairros e as vilas a ocupar a Câmara de Vereadores?
LS - Sim, se o poder emana do povo, nada mais justo que o povo cobrar. E o povo cobra, no momento que eles verem que tem um prefeito que sabe fazer, eles vão cobrar. Existem obras na cidade que são feitas duas, três vezes, unicamente para dar votos.
DP - Acha que são eleitoreiras estas obras pela cidade?
LS - Completamente. Porque seguinte, entrem nos bairros da cidade. Eu não tenho nada contra o Centro, mas tem algo que digo: "nós não vamos esquecer o Centro da cidade, mas a nossa prioridade vai ser os bairros que precisam". Quantos anos mais uma cidade como Pelotas terá bairros como tem? Se entrarem nos bairros, vão ver a precariedade em que estão.
DP - A sua chapa defende a ideia de escola de turno integral e abertura dos postos de saúde das 9h às 21h. Estas ações demandam crescimento nas equipes profissionais. Como o PMN pretende preencher estas vagas e qual a fonte dos recursos para garantir estas seleções?
LS - Não queremos criar mais postos de saúde, os postos que têm dariam suficientemente. No Fragata, pelo que eu sei, tem sete postos de saúde. Mas tu achas que adianta ter sete postos de saúde e esses postos cada um dá quatro, cinco fichas? Não consegue desafogar o Pronto-Socorro. Nossa ideia é a seguinte: médico nos postos de saúde que têm, das 9h às 21h. Tem que ter um ginecologista, um clínico geral e um pediatra. Então, vamos ver quantos postos de saúde têm hoje. A gente não quer mais fazer UPA, fazer UBAI. Não adianta criar prédio, gastar milhões e o posto dando quatro, cinco fichas. Muitas vezes não se pode culpar o médico, mas aí ele atende quatro, cinco pessoas e vai embora. Aí afoga o Pronto-Socorro e nossa ideia é desafogar, trazer médicos para os bairros, para os postos de saúde. Reorganizar os postos, porque não adianta tu ter sete postos de saúde no Fragata e não funcionar direito. Então é melhor ter quatro, fecham-se três. Se tem sete, em aqueles três pode ser implantado centro cultural, projetos sociais.
DP - Sabe qual é o orçamento atual do município?
LS- Atualmente eu não sei, porque não tenho esse dado. Só sei que não é baixo, eu acho que é mal investido. Se eu que tenho pouco recurso consigo administrar, acho que se for para dentro da prefeitura com o mínimo de recurso vou buscar administrar a cidade para não deixar a cidade falir, pra não deixar faltar nada dentro da cidade. Então, é simples. Eu quero ver o recurso que tem, certinho, fazer uma auditoria para ver tudo e administrar bem administrado.
DP - Qual seria a participação do Cururu, ex-vereador e presidente do PMN, na estrutura de governo?
LS - Ele seria nosso representante dentro da Câmara, seria aquela pessoa para costurar, conversar com os vereadores, para que nossos projetos pudessem ser aprovados. A princípio, ele abriria nossos caminhos lá dentro. O papel dele para nós é fundamental porque ele seria nosso mediador dentro da Câmara de Vereadores à maneira Cururu de ser. Limpa, honesta, sem corrupção, sem sacanagem. Seria um mediador da prefeitura na Câmara, sem negociatas.
Ledinei Santana Silveira
39 anos
Ocupação: Comerciante
Grau de instrução: Ensino Fundamental Incompleto
Total em Bens: R$ 47.500,00
Acompanhe na edição da próxima sexta-feira (2 de setembro) a entrevista com a candidata Miriam Marroni (PT), da coligação PT/PC do B.