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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Entrevista da Candidata Paula Mascarenhas PSDB concedida ao Diário Popular

Olá!!

Transcrevo abaixo a entrevista concedida ao Diário Popular pela Candidata Paula Mascarenhas PSDB a Prefeitura Municipal de Pelotas.

O original poderá ser visualizado no link abaixo:


Seguir a gestão por nova liderança é a prioridade da candidata Paula Mascarenhas (PSDB)

A candidata à Prefeitura de Pelotas pela maior coligação quer promover a renovação

Paula afirma querer ser prefeita por acreditar em projeto executado hoje (Foto: Paulo Rossi - DP)
Paula afirma querer ser prefeita por acreditar em projeto executado hoje (Foto: Paulo Rossi - DP)
Dar continuidade ao governo de Eduardo Leite (PSDB) através da renovação de lideranças. Este é o desafio enfrentado pela candidata tucana Paula Mascarenhas na disputa ao Executivo nas eleições deste ano. Ao lado de 11 siglas - PSDB/PMDB/PTB/PSD/PPS/PSB/SDD/PSC/PV/PRB/PR - a atual vice-prefeita elenca como prioridade a continuação de obras da gestão atual, além de traçar a meta para o mandato: retirar o esgoto a céu aberto do município.
No terceiro capítulo da série de entrevistas com as candidaturas à prefeitura do município, Paula fala sobre as principais críticas ao governo, como a suposta falta de obras em bairros e a execução de projetos no último ano de mandato, da motivação de concorrer ao cargo e rebate comentários feitos no início da corrida eleitoral. A entrevista com a candidata foi realizada na sede do Jornal, com duração de uma hora e teve os questionamentos direcionados pelo editor-chefe Pablo Rodrigues, a coordenadora de produção Débora Borba e pela equipe de reportagem.
Diário Popular - Por que queres ser prefeita de Pelotas?
Paula Mascarenhas - Eu quero ser prefeita porque acredito muito no projeto que a gente vem entregando para a cidade, desenvolvendo na cidade, projeto que tem mudado a cara da cidade, a vida das pessoas, que está fazendo Pelotas avançar. A gente sabe que tem muitos desafios, muitos problemas ainda, não temos a pretensão de ter resolvido todos eles, claro. Nem a pretensão de resolver todos os que restam, mas a gente está vendo a cidade avançar, na educação, na infraestrutura e eu tenho muita motivação para ver este projeto seguir em frente, com renovação também. Renovação política, renovação de lideranças - uma coisa muito boa para arejar o governo. Então, quero muito ser prefeita para poder levar isto adiante e seguir vendo Pelotas se transformar e transformar para melhor.
DP - O que Paula traz de diferente do atual prefeito, Eduardo Leite?
PM - Na verdade, a nossa relação é de extrema afinidade. Eu dizia lá em 2012 que dificilmente a gente ia conseguir repetir uma dupla tão afinada e com tanta afinidade como a nossa. É uma afinidade natural, ela não foi construída, foi um encontro de pessoas que têm uma visão política muito parecida, uma visão ideológica, uma visão sobre a cidade também muito próxima. Claro que somos pessoas diferentes, temos estilos diferentes. Eu sou mais velha que o Eduardo, tenho 15 anos a mais do que ele. As pessoas dizem assim: “Ah, uma dupla de jovens”, mas sou mais velha que ele. Tive outras experiências, o Eduardo sempre foi muito vocacionado para política. Eu não, minha vida eu constituí no magistério, fui professora, me realizei muito como professora. Então eu entrei na política um pouco casualmente, mas movida por um interesse enorme, movida por uma paixão, a de que a política pode ser uma atividade muito digna e pode mudar a vida das pessoas. Difícil pra mim dizer qual será a diferença de estilo, mas, é claro, nós temos temperamentos diferentes. O Eduardo é muito reflexivo, eu aprendi muito com ele isso. (...) Acho que nas grandes linhas não vai haver mudança nos valores e princípios, que é fundamental, pode haver uma mudança no temperamento, na forma de relacionamento com as pessoas.
DP - Críticas apontam para ausência do investimento do governo em bairros e vilas. Como defender a gestão destes posicionamentos?
PM - Em primeiro lugar, a gente fez muitas obras no Centro, é verdade. Centro por onde transitam, por pesquisa isto, mais de 200 mil pessoas por dia. Então, uma cidade precisa, para se desenvolver, ter um centro qualificado para atrair turistas, fazer com que se desenvolva, que gere emprego e renda, precisa de um governo qualificado. Agora, é uma das críticas mais injustas para nós de que não fazemos obras em bairros. (...) É uma crítica injusta porque se a gente vai olhar todas as obras que se fez e todas que estão projetadas, nós fazemos muito mais obras em bairros do que no Centro. Neste ponto da entrevista, a candidata citou mais de dez obras feitas em bairros. Não acho que não se deva fazer obra no Centro, se deve. Mas tivemos atenção muito carinhosa com os bairros e continuaremos a ter.
DP - No teu governo tem alguma obra ou ação que gostarias de fazer, com grande impacto na cidade, assim como a licitação do transporte coletivo?
PM - Queríamos muito ter feito a licitação do transporte rural junto com o transporte urbano, porque são três milhões de passagens por mês no urbano e 60 mil no rural. Então se tivéssemos feito juntas, o transporte urbano sustentaria o rural. A empresa talvez perdesse um pouquinho do lucro que hoje vai se verificar, mas ainda assim teria lucro e nós resolveríamos um problema histórico na Colônia. Isso é uma frustração que eu tenho e nós vamos ter que fazer a licitação do transporte rural, agora com subsídio. Com as 60 mil passagens, tu não consegues se não tiver subsídio público. Mas o que eu gostaria mesmo, a resposta seria tirar o esgoto a céu aberto de Pelotas. Isso é uma prioridade, tem que ser uma prioridade da cidade. Nós começamos este processo, começamos esta discussão. Certamente, vou levar adiante. Porque não é possível, hoje nós tratamos menos de 20% do nosso esgoto e os outros 80% vão para o canal São Gonçalo, deságuam na Lagoa dos Patos. É uma questão de saúde pública.
DP - No início da disputa, o candidato Anselmo Rodrigues (PDT) te citou como “loirinha da praça” para fazer um embate. Como analisa essa maneira de ataque?
PM - Olha, que o Anselmo me chame de “loirinha da praça”, em princípio não me ofende, no sentido de que eu moro em frente à praça (Coronel Pedro Osório), trabalho na frente da praça, sou frequentadora assídua da nossa praça. Onde eu encontro pessoas de todos os tipos. Jovens, skatistas, caçadores de pokémons, senhoras com seus cachorrinhos, pessoal que joga dama, guardadores de carro, gente de tudo que é bairro da cidade.(...) Nesse sentido eu sou a “loirinha da praça”. No sentido talvez pejorativo que ele queira dar, ele faz uma ofensa a todas as mulheres, não apenas a mim. Alguém que quer administrar uma cidade cuja maioria é formada por mulheres... acho que é muito deselegante da parte dele. Agora, o mais complicado para mim em relação ao vereador Anselmo é que ele foi prefeito por duas oportunidades e nelas criou um caos administrativo responsável não só pelas questões judiciais que ele teve que enfrentar por ter ido para a prisão.
DP - Nesta disputa, há quem acuse o governo de promover obras meramente eleitoreiras. Como enxergas estes ataques?
PM - A gente vê este tipo de ataque em todo ano de eleição, seja quem for o prefeito, porque as obras acabam se realizando mais no quarto ano de mandato. Talvez a gente receba mais ataques porque a gente está fazendo mais obras do que normalmente se faz. E por que as obras saem no terceiro, quarto ano de mandato? Porque são inúmeras as etapas que a burocracia brasileira exige. Primeiro, há uma grande concentração de recursos em Brasília. A gente paga os impostos aqui e quase 70% dos impostos se concentram na União. E os municípios têm que ir lá fazer retornar de onde saíram. Só esse processo já é muito longo, depois tem que fazer bons projetos e tem toda uma tramitação. A maioria dos projetos chega às prefeituras via Caixa Econômica Federal. Então primeiro a gente tramita no Ministério, na Secretaria do Tesouro Nacional, isso aí leva mais de um ano. Depois tem que licitar, muitas vezes tem que licitar os projetos, outras vezes se consegue fazer com servidores da prefeitura. Antes de licitar as obras, precisamos da aprovação da Caixa Econômica Federal. Enfim, todas estas etapas (...) tudo é feito para ser demorado. Qualquer prefeito gostaria de entregar obra do primeiro ao último dia de governo, a gente correu muito, trabalhou muito e está entregando muita obra a partir do momento em que se conseguiu vencer todas estas etapas.
Paula Schild Mascarenhas: 46 anos. Ocupação: professora de Ensino Superior. Grau de instrução: Superior completo. Total em bens R$ 365.281,23